Quito (Prensa Latina)O Movimento Aliança PAIS (AP), força política de governo no Equador, ratificou seu aposta pela unidade e a continuidade da revolução cidadã em marcha há mais de 10 anos, apesar das diferenças que existem em seu seio, as quais procuram solucionar mediante o diálogo.
A divergência entre o presidente, Lenín Moreno, e o segundo mandatário, Jorge Glas, e suas mensagens inflamadas, que têm falado estes dias, geraram uma tensão política neste território sul-americano, onde a direita aproveita cada resquício possível para tentar dividir e desestabilizar o processo iniciado há mais de 10 anos pelo dignitário Rafael Correia e que procura consolidar seu sucessor.
Glas, que obteve o cargo pela primeira vez durante o segundo gerenciamento de Correia e foi renovado pró o voto popular no passado mês de abril, manifestou aberto desacordo com algumas das decisões tomadas por Moreno e fez públicas. No passado 3 de agosto, a raiz de uma carta difundida nas redes com críticas a ações por parte do chefe de estado e descrita por este último como ofensiva, Moreno anunciou a determinação de retirar a Glas de suas funções especiais.
Ainda que a decisão não implica sua destituição do cargo, o inabilita como encarregado do Conselho Setorial da Produção e da Reconstrução Pós-terremoto, a qual dirigia desde que ocorreu o sismo no passado 16 de abril de 2016.
Apesar de suas novas limitantes, o segundo mandatário faz questão de que permanecerá em seu posto, concedido nas urnas e expressou vontade de manter comunicação com o dignitário.
Ambos líderes foram eleitos pela maioria, porque consideraram que representavam o sentir genuíno dos equatorianos e constituíam a continuidade de um processo em prol dos setores mais carentes.
No meio do diferendo, a força governamental empenha-se em tender pontes de comunicação que ponham fim ao antagonismo.
A tarefa, está nas mãos do segundo vice-presidente de Aliança PAIS e conselheiro político presidencial, Ricardo Patinho, que estima que o problema fundamental está na forma de dizer as coisas.
Segundo informou, os princípios que regem o Movimento se mantêm, ainda que reconheceu que Moreno tem um estilo diferente de governar, mais chamado ao diálogo entre as partes e ao concilio.
Assim mesmo, enfatizou em que deve ser reconhecido as conquistas do gerenciamento anterior e a Década Ganha pelo bem-estar da cidadania, pois com a arremetida da direita e certos grupos de poder, poderiam entrar no esquecimento esses avanços extraordinários. A unidade da Aliança PAIS também foi referendada pelo máximo líder da Assembleia Nacional, José Serrano, que assegurou que o bloco, com maioria de 74 cadeiras no Parlamento, se baseia no cumprimento de princípios ideológicos e do plano de governo com o qual ganhou as eleições.(Tomado de Semanário Ã’rbita)