Pretoria, (Prensa Latina) Emmerson Mnangagwa jurou hoje como novo presidente de Zimbábue numa cerimônia celebrada no Estádio Nacional de Harare ante mais de 60 mil de seus concidadãos e representações oficiais de vários países desta região, entre outros dignitários.
Malaba tomou o juramento de Mnangagwa, quem em suas palavras de aceitação assegurou que dedicará todos seus esforços para conseguir o bem-estar de Zimbábue e seu povo.
Entre os assistentes estavam os presidentes de Zâmbia, Edgar Lungo; Botsuana, Ian Khama; Moçambique, Filipe Nyussi; o vice-presidente de Namibia Nickey Iyambo e os ex-presidentes zambianos Kenneth Kaunda e Ruphia Banda, e o ex-mandatário de Namíbia Sam Nujoma, entre muitos servidores públicos e diplomatas.
Depois de seu juramento, Mnangagwa recebeu o colar e a banda verde e amarela que levam os presidentes desse país de África Austral.
A nomeação hoje de Mnangagwa, transmitido ao vivo por correntes televisivas de África do Sul, põe fim a uma crise política que obrigou às forças armadas desse país a tomar o controle.
A intervenção dos uniformados esteve dirigida frear a crescente influência da então primeira dama Grace Mugabe, quem impulsionou a saída de cargos do Governo de heróis veteranos da guerra de libertação, entre eles o atual Presidente.
Um comentário aparecido hoje no diário The Herald de Zimbábue assinala que qualquer que tivesse um sentido da história sabia que as forças manipuladoras, com ânsias de poder e imorais que rodeavam ao expresidente Mugabe acabariam mau.
A conhecida como a Geração 40 (G40) liderada por Grace Mugabe e integrada por outros políticos adquiriu grande poder e influência no governante partido União Nacional Africana de Zimbábue – Frente Patriótico (Zanu-PF), abusando sua proximidade à presidência, aponta o matutino.
Agrega que a senhora Mugabe traiu muitas vezes e usou a cada vez mais sua poder para realizar acções contra rivais dentro do Zanu-PF, com falta de respeito as tradições revolucionárias desse partido.
A intenção, diz, era que o Zanu-PF se divorciada de sua ideologia e práticas de libertação com a adoção de uma nova ordem que permitisse abusar o poder e aceder aos recursos do país.
Meios sul-africanos, por sua vez, assinalaram que Mnangagwa leva sobre seus ombros um pesado ônus de expectativas, entre elas o regresso à democracia, limpar o panorama político e, sobretudo, rejuvenescer a economia e solucionar a alta taxa de desemprego.
Também o alertaram sobre ‘políticos oportunistas que celebraram seu expulsão do governo e agora o reverenciam’.