Sputnik – O embaixador chinês em Moscou, Zhang Hanhui, afirmou que a China tem a expectativa de que o comércio com a Rússia alcance um recorde de 140 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 798,5 bilhões) em 2021.
“De acordo com estatísticas alfandegárias chinesas, de janeiro a novembro de 2021, o volume de comércio entre a China e a Rússia foi de 130,4 bilhões de dólares [R$ 743,7 bilhões], um aumento de 33,6% em relação ao mesmo período do ano passado, um recorde, que deverá ser superior a 140 bilhões de dólares [R$ 798,5 bilhões] em termos anuais”, disse Zhang Hanhui em entrevista à Sputnik.
O diplomata destacou que o comércio bilateral entre China e Rússia cresceu quase 14 vezes em duas décadas, passando de oito bilhões de dólares (R$ 45,6 bilhões, em valores atuais), em 2000, para 107,7 bilhões de dólares (R$ 614,3 bilhões) em 2020.
“O Ministério do Comércio da China e o Ministério para Desenvolvimento Econômico da Rússia concluíram a preparação de um ‘roteiro para o desenvolvimento de alta qualidade do comércio sino-russo de bens e serviços’, que contém um plano detalhado para atingir a meta de 200 bilhões de dólares [R$ 1,14 trilhões] definida pelos dois chefes de Estado”, acrescentou Zhang Hanhui.
Além disso, de acordo com o embaixador, a China pretende aprofundar a cooperação com a Rússia na área de energia, inclusive nuclear e renovável. Ele lembrou que o país asiático é o maior consumidor e importador de energia do mundo, e a Rússia é “a melhor parceira e fornecedora mais confiável do ramo que a China possui”.
“Com a assistência pessoal dos chefes dos dois Estados, a cooperação entre a China e a Rússia no setor de energia superou as consequências negativas da pandemia. As importações chinesas de carvão, gás natural e eletricidade da Rússia cresceram significativamente e o comércio de energia atingiu níveis recordes”, frisou ele.
Em 2020, a Rússia exportou cerca de 40 milhões de toneladas de carvão para a China, 22,7% a mais que em 2019. Em 2021, de janeiro a outubro, o montante já alcançou 47,85 milhões de toneladas, tornando a Rússia a segunda maior fonte de carvão para a China – a primeira é a Indonésia.
“O carvão passou a ser um elemento importante na cooperação sino-russa no setor energético e desempenhou um papel positivo no desenvolvimento do comércio entre os dois países”, disse Zhang Hanhui.