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sexta-feira, 27 dezembro, 2024

Em 2021 Israel assassinou em seu país 126 árabes

Tel Aviv, 1º jan (Prensa Latina) Pelo menos 126 árabes foram assassinados em Israel em 2021, o maior número na história recente do país, denunciou hoje a ONG Abraham Initiatives.

A última vítima foi identificada como Mustafa Jabareen, de 51 anos, que foi baleado ontem na cidade de Umm al Fahm, no norte do país, disse o grupo em um comunicado.

Dos 126, 62 tinham menos de 30 anos e 16 eram mulheres, detalhou a Organização Não Governamental.

Os descendentes dos palestinos que não foram expulsos de suas terras após a criação do Estado judeu em 1948, desde então denunciaram que são tratados como cidadãos de segunda classe.

Atualmente, existem 1,9 milhões de pessoas que representam 21 por cento da população total deste país.

As comunidades árabes têm vivido um aumento da violência nos últimos anos, impulsionada principalmente pelo crime organizado, em meio a críticas à passividade da polícia no enfrentamento do problema.

A ONG Sikkuy afirma que um dos principais motivos das diferenças entre os cidadãos árabes e judeus é a distribuição desigual dos recursos do Estado.

Sikkuy destacou em seu relatório anual de 2020 que 14,5% das famílias judias vivem abaixo da linha da pobreza, enquanto entre as famílias árabes o flagelo chega a 45,3%.

Essa situação causou um surto social em maio do ano passado em cidades mistas ou habitadas principalmente por pessoas de origem palestina, em meio a uma ofensiva militar das forças de Tel Aviv contra a Faixa de Gaza e a repressão em Jerusalém Oriental.

Além de denunciar a agressão contra seus irmãos palestinos, os manifestantes reivindicaram direitos iguais e o fim da discriminação legal, econômica e institucional.

Cidades como Lod, Acre, Ramle e Jaffa foram palco de distúrbios violentos, descritos pelo então presidente israelense, Reuven Rivlin, como ‘uma guerra civil’.

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