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quinta-feira, 3 outubro, 2024

Eleições no México: 469 candidatos recebem proteção após 27 assassinatos durante disputa

O atual presidente do México, conhecido pelas iniciais AMLO, deixará o cargo já que o país não tem reeleição – Rodrigo Arangua / AFP

Três candidatos presidenciais contam com 24 seguranças cada: Claudia Sheinbaum, Xóchitl Gálvez e Jorge Álvarez Máynez

Redação

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Em meio à onda de violência que resultou na morte de 27 candidatos durante a disputa eleitoral no México, 469 candidatos receberam proteção do governo até esta terça-feira (14). O anúncio foi feito por Luis Crescencio Sandoval, titular da Secretaria de Defesa Nacional (Sedena).

Para a proteção dos candidatos a cargos públicos em níveis municipal, estadual e federal foram destacados 2.912 oficiais da Sedena e da Guarda Nacional (GN). Três candidatos presidenciais do México passaram a ser protegidos por 24 policiais cada:  Claudia Sheinbaum, da coalizão governista Sigamos Fazendo História, Xóchitl Gálvez, da coalizão oposicionista Força e Coração pelo México, e Jorge Álvarez Maynez, do minoritário Movimento Cidadão.

Também recebem proteção 11 candidatos a governador, com 10 policiais cada. Para os 165 candidatos ao Senado e à Câmara de Deputados, 286 candidatos a deputados locais e prefeituras e quatro funcionários eleitorais que solicitaram proteção, serão disponibilizados seis policiais para cada.

No último dia 23 de abril, o presidente Andrés Manuel López Obrador informou que 360 candidatos estavam recebendo proteção. Nos últimos 21 dias, houveram 109 novas solicitações.

Segundo o projeto Votar entre balas desde setembro de 2023, quando teve início a corrida eleitoral, foram registrados no México 228 assassinatos relacionados à disputa. Além de candidatos, o projeto considera como vítimas eleitorais familiares, funcionários públicos, membros partidários, autoridades eleitorais e oficiais de segurança.

O projeto contabiliza apenas os ataques realizados por grupos organizados e de acordo com essa metodologia, contabiliza apenas as vítimas de ataques com armas de fogo de alto calibre, utilizadas por esses grupos. Não são contabilizados assassinatos cometidos com armas brancas.

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