Por Sinay Céspedes Moreno Quito (Prensa Latina) ‘Equador para vencer’ é o slogan que une hoje organizações, cidadãos e personalidades, em apoio a Rafael Correa, que foi desqualificado para participar de eleições após a ratificação de sua sentença no caso do suborno.
‘Em tempo recorde, uma sentença ‘definitiva’ foi emitida para me desqualificar como candidato
Eles não entendem que tudo o que estão fazendo é aumentar o apoio popular’, disse ele após ouvir a decisão do tribunal e a reação não demorou muito a chegar.
Segundo o Instituto Eloy Alfaro de Pensamento Político e Econômico, a resolução aprofunda a lei ou guerra legal contra Correa e outros ex-funcionários de seu governo, condenados por supostos pagamentos de fundos de empresários para financiar o proselitismo do Movimento Alianza PAIS, governante durante sua administração, o qual foi rejeitado por todos.
‘As injustiças não são celebradas, nem naquela época nem agora. Se os crimes fossem cometidos, eles deveriam ser julgados com o devido processo. Cuidado com aqueles que comemoram hoje, amanhã eles vão reclamar da mesma coisa. O poder é efêmero’, disse o jurista equatoriano Miguel Racines.
A assembleia nacional Esther Cuesta advertiu: ‘Uma nova injustiça perpetrada por um governo autoritário que manipula o sistema judicial para perseguir adversários políticos confirma a ausência do Estado de direito no Equador’.
Alguns até reafirmaram as palavras de Correa, quando ele garantiu que não há subornos, mas sim um esquema feito pela procuradora-geral do estado, Diana Salazar, para persegui-lo, assim como seus camaradas na causa política.
A este respeito, eles advertiram que a Procuradoria-Geral do Estado divulgou o texto da resolução judicial anunciada oralmente, sem ser previamente notificada por escrito, e até mesmo um órgão de mídia tornou pública a decisão, antes de ser emitida.
Esta revelação apoiou a ideia de perseguição política contra os chamados Correistas e seu líder máximo, ao mesmo tempo em que insistia no chamado ao Equador para vencer.
‘Agora, mais do que nunca, estamos condenados a vencer. A vingança do povo está próxima. Prezado
MashiRafael confia em seu povo, eles saberão como colocar os coveiros da democracia em seu lugar. Ganharemos’, destacou a ex-governadora da província de Esmeraldas, Paola Cabezas.
Para a deputada Marcela Holguín, o medo da vontade popular expressa no endosso de Correa levou o governo a ilegalizá-lo, portanto, diante desta injustiça, a alternativa é vencer.
De fora, o elogio também foi sentido por personalidades como o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, que sentenciou: ‘lawfare’ e anexou as notícias do canal Telesur sobre a ratificação da sentença.
A lei em ação, mais uma vez, apontou para o ex-candidato presidencial francês Jean-Luc Melenchon ao seu lado.
Os jornalistas Carlos Montero, do Uruguai, Patricia Villegas, presidente do canal multinacional Telesur, e o senador argentino Jorge Taiana, juntaram-se à condenação e também rejeitaram a proibição do ex-presidente boliviano Evo Morales, que foi proibido de participar das eleições acordadas em seu país para 18 de outubro.
Alguns concordam que ambos os casos marcaram um dia de luto pela democracia, desafiados e feridos na América Latina.
Diante desta realidade, a principal tarefa do Equador, segundo os seguidores do ex-presidente, é derrotar e recuperar a liderança do país no caminho para programas que recuperem a institucionalidade e o caminho de prosperidade iniciado pela Revolução Cidadã durante a chamada Década da Vitória, sob o governo de Correa.