San Salvador, (Prensa Latina) Após quase meio século de sua criação, as Forças Populares de Libertação (FPL) mantêm hoje sua marca na luta salvadorenha por uma sociedade mais justa e próxima aos ideais revolucionários.
A esquerda salvadorenha comemorou a criação no dia 1 de abril de 1970 da referida organização político-militar, uma das cinco fundidas depois na Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN).
Medardo González, secretário-geral da Frente e comandante das FPL com o pseudônimo de Milton Méndez, destacou o nascimento desta força em meio a uma crise sociopolítica e debates internos na referida esquerda.
Tais contradições entre as organizações revolucionárias mostraram que suas formas de luta não eram excludentes mas complementares, e sua síntese foi a FMLN, assinalou por sua vez o deputado Damián Alegría.
As FPL acrescentaram o nome do mártir comunista Farabundo Martí em 1972, e recorreram à luta guerrilheira para golpear o governo militar impulsionado pelas oligarquias, e promover o socialismo em El Salvador.
Entre seus fundadores se destacam os dirigentes sindicais Salvador Cayetano Carpio e Mélida Anaya, e os estudantes Clara Elizabeth Ramírez e Felipe Peña, que promoveram a luta armada sem se descuidar do trabalho político.
Depois dos Acordos de Paz de Chapultepec, em 1992, as FPL desmobilizaram seu aparelho militar e três anos depois dissolveu por completo sua estrutura interna para incorporar-se plenamente à FMLN como partido político.