© REUTERS/ Marinha dos EUA
Os EUA têm mais de 35 bases militares na América Latina, algo que representa uma grande ameaça para a região, sobretudo no contexto em que aumenta a pressão norte-americana nos países que não querem seguir as ordens de Washington.
De acordo com o analista argentino da Universidade de Defesa Nacional, Sergio Gabriel Eissa, que falou com à Sputnik Mundo, hoje é diferente dos tempos da Guerra Fria, agora a presença militar dos EUA na América Latina é menos evidente, mas isso não significa que haja menos perigo para a segurança nacional.
“[A região] deve estar mais em alerta”, sustentou Sergio Gabriel, que se mostrou preocupado com a crescente atividade da 4ª Frota do Comando Sul da Marinha dos EUA, que patrulha a costa caribenha e latino-americana, algo que é observado com muita preocupação na Venezuela, inimigo número um para Washington na região.
Sergio Gabriel Eissa se mostrou convencido de que a América Latina precisa diversificar as suas importações de armas, sublinhando que os EUA são parceiros principais nesta questão. A Argentina, por exemplo, possui muitos acordos bilaterais de cooperação militar com os EUA, cujo número atinge 19, a maioria dos quais é da época da Guerra Fria.
Neste contexto, o analista se mostra a favor de uma maior cooperação militar com tais países como a China, Rússia e Índia, cuja presença militar na região, em comparação com os EUA é mínima.