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Mira Comunicação – Obras cinematográficas podem servir como ferramenta para explicar a sociedade e os lugares nos quais suas histórias estão inseridas. Thiago Braga, autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH, comenta a importância dos filmes para a educação
Em 19 de junho, é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro. A data surgiu em homenagem ao dia em que o cinegrafista e diretor, Afonso Segreto, registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898. A filmagem histórica mostrou a beleza da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e aconteceu a bordo do navio Brèsil. A partir daí, a data ficou marcada na história da cultura brasileira.
Reservado como um momento de celebração e reflexão, a efeméride homenageia todas as obras nacionais, sejam elas de longa ou curta-metragem, sejam narrativas fictícias ou documentários.
Indo muito além da sua função de emocionar e entreter, os filmes brasileiros são grandes aliados no momento em que precisamos entender o próprio contexto no qual estamos inseridos. Por exemplo, segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), a exibição de filmes foi oficialmente reconhecida como recurso para ajudar no aprendizado.
Pensando nisso, Thiago Braga, autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH, comenta, na entrevista abaixo, a relevância dos filmes nacionais para a educação brasileira e quais produções podem cair no vestibular.
Importância e papel dos filmes na educação
O professor acredita que utilizar filmes como complemento para o aprendizado dos alunos é um bom método para que eles possam promover reflexões e apresentar outras percepções de como abordar as diversas práticas sociais que existem no mundo. “O cinema sendo uma arte mimética acaba sendo uma releitura da realidade e, ainda que ficcional, alisa a realidade, trazendo os elementos culturais e comportamentais do real”, explica Braga.
Os filmes também agregam na construção de um repertório sociocultural, desenvolvendo toda uma bagagem de referências e conhecimentos gerais que podem ajudar na vida pessoal da pessoa, quando estiver inserido no mercado de trabalho e, principalmente, academicamente na melhora do aprendizado como um todo ou em situações como a prova do ENEM ou vestibulares.
Além da função de repertório, as obras nacionais também ajudam os estudantes a entender a realidade socioeconômica e política do nosso país por trazer personagens e contextos tipicamente brasileiros, priorizando discussões relevantes à vida no campo e nas cidades do Brasil.
“O cinema nacional monta um quebra-cabeça importante sobre a realidade do país na mente dos nossos alunos, promovendo como um item de prática social, de entendimento do contexto social e que, muitas vezes, é deturpado pelas pessoas”, completa Braga.
O autor do Sistema de Ensino pH exemplifica que para entender todos os meandros da nossa sociedade, é importante ver o filme nacional “Que Horas Ela Volta?”, protagonizado pela Regina Casé, que mostra a realidade da empregada doméstica de uma família de classe média quando ela sai do trabalho.
Nesse sentido, os componentes presentes nos filmes brasileiros acabam tendo papel muito importante para o desenvolvimento da consciência social e da percepção de uma realidade que é muito mais próxima da nossa do que a representada nas obras estrangeiras.
Filmes que podem cair no vestibular
1 – Cidade de Deus
Além de ser um retrato rico de uma comunidade no Rio de Janeiro, o filme é essencial para o entendimento do contexto urbano brasileiro, com a ascensão do tráfico de drogas, a vida nas periferias e nas favelas junto de todos os seus problemas e o descaso governamental com as classes menos abastadas no Brasil.
2 – O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias
De uma perspectiva mais íntima, o filme mostra o contexto da ditadura militar que começou na década de 60 do século passado pelo olhar de uma criança cujos pais se ausentam de sua vida por estarem envolvidos na luta política.
3 – O Que É Isso, Companheiro?
Trazendo por uma visão mais sóbria, adulta e envolvida diretamente em ações da luta armada, o filme retrata a ação de grupos de guerrilha e é muito importante para o aprendizado dos acontecimentos da Ditadura Militar brasileira.
4 – Tropicália
Por meio de material fotográfico, sequências de filmes e programas de TV recuperados, o documentário utiliza imagens de arquivo autênticas dos anos 60 para explicar o que foi o movimento que marcou a cultura brasileira e é assunto recorrente em provas de vestibulares.
5 – Que Horas Ela Volta?
O filme usa da história pessoal de uma empregada doméstica que, apesar de ser considerada “parte da família”, tem que ficar isolada no seu quarto e viver uma vida absolutamente conturbada para tratar de assuntos complexos da sociedade brasileira.
6 – Carandiru
O longa-metragem mostra a dura realidade dos detentos da maior prisão da América Latina durante a década de 90 e propõe uma reflexão sobre a situação prisional no Brasil, violência policial e a agressão aos direitos humanos.
7 – Bacurau
Disfarçado pela comédia do filme, é outro exemplo para uma completa compreensão do descaso que se tem com as classes menos abastadas no Brasil, refletindo sobre a desigualdade social e com o nosso complexo de vira-latas em relação aos estrangeiros.
8 – Ilha das Flores
Embora seja alegórico, o curta-metragem da década de 80 e premiado em Cannes aborda a desigualdade social, além da desumanização de pessoas menos abastadas no nosso país, trazendo uma história delicada para refletir o papel da humanidade, não apenas no Brasil, mas como um todo.
Sobre o Sistema de Ensino pH (www.sistemadeensinoph.com.br) – Há quase 10 anos no mercado, o Sistema de Ensino pH é reconhecido pelo elevado número de aprovações nos vestibulares das universidades mais concorridas do estado e pelos excelentes resultados no ENEM. O sistema atua da Educação Infantil ao Pré-vestibular e conta com uma série de escolas parceiras, oferecendo também orientação nas áreas de planejamento, ferramentas tecnológicas, projetos inovadores, integração de recursos e formação contínua dos profissionais. O Sistema de Ensino pH integra o portfólio de empresas da SOMOS Educação na última década.