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segunda-feira, 9 dezembro, 2024

Dezenas de civis mortos por guerra de gangues no Haiti

Porto Príncipe (Prensa Latina) Quatro dias após o início dos confrontos entre gangues na capital haitiana, cerca de 12 civis morreram, além de outros 40 supostos membros de gangues, revelou hoje o jornal Le Nouvelliste.

No total, registramos 52 mortos e 110 feridos, confirmou ao jornal o executivo interino da comuna de Cité Soleil, JoÔl Janéus, lamentando que a maioria dos feridos sejam moradores fugindo dos combates.

“Há mortos, jovens que não têm nada a ver com esses grupos armados”, lamentou, criticando os que fornecem armas aos grupos.

A nova escalada violenta ocorre em meio às disputas das federações do G-9 e aliados contra o G-Pep na zona norte de Porto Príncipe.

O coordenador da Rede Nacional de Direitos Humanos, Pierre Espérance, denunciou que a insegurança é fruto da gestão do Estado, e acusou as autoridades de fornecer munições e armas de fogo a grupos armados, em especial ao G-9 e aliados.

Na sexta-feira, o Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti (Binuh) lamentou que os “enésimos” confrontos causem terror nas áreas de Bas Delmas, Croix-des-Missions, Santo, Tabarre, bem como na comuna de Cité Soleil.

“La Binuh pede a todos os indivíduos armados que cessem imediatamente seus atos de violência, dêem passagem livre aos serviços médicos de emergência e incentiva as autoridades nacionais a garantir a proteção da população civil”, escreveram em uma mensagem no rede social Twitter. No final de abril, confrontos semelhantes entre gangues deixaram cerca de 200 mortos e centenas de feridos, segundo relatórios de organizações de direitos humanos e das Nações Unidas.

Os confrontos ocorrem em meio a uma onda violenta que está sacudindo o país, intensificada após o assassinato em julho de 2021 do presidente Jovenel Moïse, e devido à capacidade limitada da Polícia para deter o fenômeno.

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