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terça-feira, 8 outubro, 2024

Descobrem na China ‘bunker do horror’ onde japoneses faziam experimentos em seres humanos

© AP Photo

Sputnik –Arqueólogos chineses descobriram um “bunker do horror” da Segunda Guerra Mundial, onde cientistas japoneses realizavam experimentos letais com seres humanos, cujos dados eram depois compartilhados com os Estados Unidos, relata o jornal South China Morning Post.

“Arqueólogos localizaram uma instalação de pesquisa subterrânea onde cientistas militares japoneses realizaram ‘horríveis experimentos com armas biológicas’ em seres humanos durante a Segunda Guerra Mundial, no nordeste da China”, diz o artigo.

A instalação, próxima à cidade de Anda, na província de Heilongjiang, foi o maior e mais frequentemente usado local de testes da Unidade 731 (uma unidade secreta de pesquisa de guerra biológica e química do Exército Imperial Japonês que efetuou alguns dos experimentos em humanos mais brutais da história entre 1935 e 1945, durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa, parte da Segunda Guerra Mundial).
Arqueólogos chineses descobrem o “bunker do horror” da Segunda Guerra Mundial, onde cientistas japoneses realizaram experimentos letais com seres humanos e compartilharam dados com os EUA.
Os experimentos incluíam infectar prisioneiros com doenças mortais e testar novas armas biológicas. Alguns dos estudos mais horríveis foram realizados em bunkers subterrâneos projetados para conter e controlar a disseminação de agentes infecciosos.
Documentos desclassificados revelaram posteriormente que os dados foram compartilhados com as autoridades dos EUA em troca de imunidade contra crimes de guerra e transferidos para o centro de pesquisa do Exército dos EUA em Fort Detrick, onde foram usados para desenvolver armas biológicas durante a Guerra Fria.
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Construído em 1941, o campo de testes especial em Anda era o maior, mais bem equipado e mais frequentemente usado local de testes da Unidade 731, de acordo com o registro histórico.
Laboratórios, salas de observação e dissecação, bem como celas de detenção, foram construídos no subsolo para manter o sigilo e proteger contra ataques aéreos.
As instalações subterrâneas incluíam quartéis, garagens, casas de banho, refeitórios e poços, alguns conectados por túneis, segundo o relatório.
O local foi destruído pela Unidade 731 em agosto de 1945, junto com outras instalações, para apagar as evidências de seus experimentos.
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Um ex-oficial da Unidade 731, Sakaki Hayao, descreveu um experimento “extremamente cruel” realizado no campo de Anda poucos meses antes da rendição japonesa em seu depoimento no tribunal militar especial de Shenyang em 1956.
Hayao disse que viu pessoas amarradas a postes de madeira e expostas ao antraz por meio de bombas cheias de bactérias, que seriam depois lançadas de aviões ou detonadas a curta distância. “Foi um ato especialmente brutal”.
O artigo lembra que o público ficou indignado e exigiu que o Japão e os EUA prestassem contas quando foi revelado, na década de 1990, que os funcionários do governo norte-americano estavam cientes do programa e que seus dados foram usados no desenvolvimento de armas biológicas em Fort Detrick, estado de Maryland.

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