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domingo, 16 novembro, 2025

Depois do JP Morgan, o Wells Fargo agora tira pontos da Argentina

Buenos Aires, 14 de julho (Prensa Latina) Depois que o JP Morgan alertou seus investidores para não manobrarem no mercado argentino, o governo de Javier Milei sofreu hoje um segundo golpe de outro banco americano, o Wells Fargo, que subtraiu pontos da Argentina.

Após uma visita ao país na qual se encontraram com líderes empresariais locais, executivos do Wells Fargo, um grande player em Wall Street, concluíram que a Argentina de Milei passará por vários choques neste ano, e que o partido governista agora tem menos chances do que há alguns meses de vencer as eleições legislativas de outubro, informou o serviço de notícias Urgente24.

Após a visita, os gestores da gigante de Wall Street reduziram em 15 pontos percentuais as chances de os libertários vencerem as eleições de outubro. Eles também alertaram os investidores sobre os riscos, pois, mesmo que Milei vença, ele terá que formar alianças para continuar implementando seu plano econômico ultraliberal de ajuste econômico rígido.

Interessado em ganhos financeiros, o Wells Fargo, assim como o JP Morgan, afirma que “embora todos no setor privado com quem conversamos reconhecessem os sucessos da agenda de reformas de Milei até o momento, a maioria expressou vários graus de insatisfação, pelo menos com a percepção de sua retórica de confronto”.

Além disso, muitos dos consultados — acrescentou — deixaram claro que a vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais de 2023 se deveu ao voto contra o establishment político e ao antikirchnerismo gerado em um segmento da população pela grande mídia, e não ao apoio genuíno ao presidente.

O Wells Fago também se mantém neutro em relação ao risco-país e vê os preços atuais dos ativos argentinos com desconfiança. Eles consideram as avaliações inflacionadas, lembrando o que aconteceu com Mauricio Macri em 2017, quando, após vencer as eleições legislativas, veio a decepção e, mais tarde, a crise da dívida, lembra o Urgente24.

O consórcio bancário também destacou que as apostas na vitória retumbante de Milei nas eleições de outubro mudaram, acrescentou o meio de comunicação digital.

Este é o mesmo alerta emitido pelo JP Morgan, que também alertou sobre os riscos da baixa participação eleitoral, um ponto central ecoado em todos os relatórios.

Bancos internacionais afirmam que a baixa participação levanta preocupações sobre o apoio real que o governo pode ter se não obtiver uma vitória esmagadora, especialmente na província de Buenos Aires, conclui o Urgente24.

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