Caracas, (Prensa Latina) A oposição ao governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mantém um silêncio cúmplice com o desenvolvimento de atos vandálicos e ações armadas, afirmou neste domingo (14) o analista Eleazar Díaz Rangel.
Em sua habitual coluna dos domingos o diretor do diário Ultimas Notícias valoriza a situação no país, o silêncio da oposição ante a violência e informa que ‘uma primeira interpretação dessa conduta é que não é a via eleitoral, democrática, a que querem percorrer’
Recusam até a (eleições) de governadores, que seguramente lhe daria significativas vitórias. Como se explica essa renúncia, que não o exijam ao CNE? Seguramente porque estão convencidos de que o governo de Maduro o que lhe falta é um empurrão final, que este é o melhor momento para o impulsionar e, em consequência, estas ações em Caracas e outras cidades não devem cessar, agrega.
Díaz Rangel descarta que esses grupos podem contar com uma ‘ativa participação de unidades militares, o que não nega que existam alguns descontentamentos que se atrevam a dar esse passo em falso’.
Sublinha que sem um apoio maior é impossível que a oposição possa acabar com o governo, e acentua ‘esse é o que lhes vem do Norte’.
Refere o analista que a Força Armada Nacional Bolivariana, segundo relatórios divulgados pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, deve possuir suficiente informação de inteligência para denunciar os planos do Norte.
O Comando Sul é um fator ativo na ‘observação’ da Venezuela, cujo comandante apresenta relatórios regulares ao Senado, o último dos quais é do almirante Kurt Tidd ante a comissão de Serviços Armados do Senado, aclara.
‘Com os fatores políticos da MUD temos vindo lembrando uma agenda comum, que inclui um palco abrupto que pode combinar ações de rua e o emprego dosificado da violência armada sob um enfoque de cerco e asfixia’, cita o analista venezuelano ao comando estadunidense.
Em sua análise valoriza extratos do relatório de Tidd onde se põe em evidência a cumplicidade dos partidos da MUD e a Assembleia Nacional ‘para obstruir o governo, convocar eventos e mobilizações, interpelar a governantes, negar créditos, derrogar leis’.
Denúncia, assim mesmo, os preparativos e treinamentos para a agressão onde participariam forças especiais despregadas na Colômbia, o Comando Sul e outros lugares que estariam projetadas sobre ‘a região central da Venezuela onde se concentra o poder político-militar, para depois listar os ativos militares dispostos para a operação’.
O diretor pontua que ‘só com essa articulação que existe na guerra não convencional, entre a oposição venezuelana e fatores políticos e militares dos EUA, como é o Comando Sul, pode ser entendido o indefinido desenvolvimento dessas ações vandálicas e armadas, e a confiança em que é ‘agora ou nunca’.