Os bonecos do Teatro Dadá são de luva, manipulados de baixo para cima, com duas exceções. O personagem Darcy, movido de cima para baixo por um fio, aterrissará no meio do palco, dando assim mais realismo à cena. Já os movimentos de Javier Milei serão controlados por um cordel manejado por outro boneco com a cara e o biquinho de Trump. Quem conheceu Darcy muito bem sabe como organizar sua volta à terra.
Os dois – o ateu e o teólogo – conversaram sobre a existência de Deus e a vida depois da morte. Boff imaginou a recepção de Darcy no paraíso, acolhido por Deus na forma de uma mãe afetuosa, já que em vida reverenciou tanto as mulheres. Ela lhe diria:
Comentei a peça de teatro na mesa compartilhada com a historiadora Elizabeth Brea, chefe da Divisão de Pesquisa do Arquivo Nacional, que publicou a correspondência entre Darcy e seu mestre Herbert Baldus. Dois outros brasileiros da Fundação Darcy Ribeiro, José Ronaldo e Lúcia Velloso, falaram no evento, que contou com a participação de 12 pesquisadores argentinos.
Na peça, Darcy desce do céu com dois livros. O primeiro As Américas e a Civilização, escrito no exílio, foi criticado por classificar Argentina e Estados Unidos como “povos transplantados”, que mantém as matrizes raciais e culturais da metrópole. “Mas era uma crítica imersa em fortes simpatias por esse livro que abriu novos caminhos de interpretação da história e da política latino-americanas” – escreveu a socióloga e ex-deputada Alcira Argumedo.
Depois de retirar um pulmão numa cirurgia delicada, Darcy disse numa entrevista televisiva a Jô Soares, que pelo menos não morreria de pneumonia dupla. Jô perguntou como gostaria de morrer:
1. “O Brasil de Darcy Ribeiro”, documentário em cinco episódios, dirigido por Ana Maria Magalhães. O quarto foca o exílio. https://www.youtube.com/playlist…
Días antes de morir, Darcy llamó a su amigo Boff con quien conversó en su lecho de muerte. Le pidió que leyera en voz alta el último párrafo de su libro “Confesiones”, en el que decía que, aunque estaba cansado de vivir, quería “más vida, más amor, más conocimiento, más travesuras”:
Comenté la intención de escribir esa pieza de títeres en la mesa compartida con la historiadora Elizabeth Brea, jefa de la División de Investigación del Archivo Nacional, que publicó la correspondencia entre Darcy y su maestro Herbert Baldus. Otros dos brasileños de la Fundación Darcy Ribeiro, José Ronaldo y Lúcia Velloso, hablaron en el evento, que contó con la participación de 12 investigadores argentinos.
En la obra, Darcy desciende del cielo con dos libros. El primero, “Las Américas y la Civilización”, escrito en el exilio, fue criticado por clasificar a Argentina y Estados Unidos como “pueblos trasplantados”, que mantienen las matrices raciales y culturales de la metrópoli. “Pero era una crítica inmersa en fuertes simpatías por ese libro que abrió nuevos caminos de interpretación de la historia y la política latinoamericanas”, escribió la socióloga y ex diputada Alcira Argumedo.
Después de retirar un pulmón en una cirugía delicada, Darcy dijo en una entrevista televisiva a Jô Soares que al menos no moriría de neumonía doble. Jô le preguntó cómo le gustaría morir: