Santa Cruz, Bolívia, (Prensa Latina) A cúpula de alto nível que terá lugar hoje no recinto ferial Fexpocruz desta cidade será o fechamento do IV Foro de Países Exportadores de Gás (FPEG), o qual se desenvolve aqui desde a terça-feira.
Durante toda a manhã, o presidente boliviano, Evo Morales, reunir-se-á com os seus homólogos de Venezuela, Nicolás Maduro, e de Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema; além do primeiro vice-presidente de Irão, Eshaq Yahanguiri, e ministros de petróleo e gás das nações membros do Foro.
As autoridades aprovarão e darão a conhecer a ‘Declaração de Santa Cruz’, documento que contém os 20 pontos mais importantes abordados durante o evento internacional pelos representantes das empresas do rubro e as personalidades participantes.
Segundo informou recentemente o titular de Hidrocarbonetos de Bolívia, Luis Alberto Sánchez, a declaração que perfila o FPEG aponta à mudança de ritmo e a visão que segue o destino de gás dos próximos anos, pelo qual terá relevância mundial.
Autoridades dos governos de Bolívia e Guiné Equatorial assinaram na quinta-feira cinco acordos de cooperação bilateral referidos ao âmbito de hidrocarbonetos, diplomacia, política, formação e assistência técnica.
O FPEG também tem sido uma ocasião para concretizar projetos com empresas estrangeiras que investirão na exploração e exploração de campos de gás nos próximos anos no país andino- amazônico.
A estatal Yacimientos Petrolíferos Promotores Bolivianos (YPFB) assinou hoje aqui três convênios para a exploração e exploração de três áreas de campos de gás, no marco do IV Foro de Países Exportadores do recurso.
O primeiro acordo de investimento, por um monto de 900 milhões de dólares, foi com as petroleiras Shell (anglo-holandesa), Repsol (Espanha) e PAE (Argentina) para o trabalho na zona de Iñiguazu, na qual prevêem atingir os três trilhões de pés cúbicos de gás (TCFs, por suas siglas em inglês).
Os outros dois convênios contam com um monto de 200 milhões de dólares para a exploração de campos em San Telmo e 489 milhões para os labores em Astilleros, onde estará a companhia brasileira, Petrobras.
A eles se somaram ao menos mais seis acordos com Gazprom para promover o consumo de Gás Natural Vehicular (GNV), criar uma sociedade na comercialização do Gás Natural Liquefeito (GNL) e Gás Natural Comprimido (GNC).
Também a negociação de contratos de exploração, produção e exploração de gás em Bolívia, o início de uma sociedade comercial entre ambas as empresas estatais e a formulação de um ata de recepção do esquema geral de desenvolvimento em Bolívia até 2040.
Ademais, o Ministério de Hidrocarbonetos de Bolívia subscreveu um memorando de entendimento para promover e incentivar o consumo de GNV com a Agência Russa de Seguros de Créditos de Exportação e Investimentos (Exiar).
Nesta ocasião, o IV Foro teve a particularidade de contar com o primeiro Seminário Internacional no qual os empresários, ministros e presidentes das companhias de gás mais reconhecidas do mundo coincidiram em que esse combustível será a energia do futuro pela sua pouca incidência na atmosfera e a expansão de seu uso.
A nação sul-americana apresentou 80 áreas de exploração com um potencial de ao menos 60 trilhões de pés cúbicos (TCF) durante uma mesa redonda para a busca de investimentos com a assistência dos principais executivos das maiores petroleiras do mundo.
O FPEG representa a um grupo de 19 países membros plenos, entre eles Bolívia, e sete observadores com potencial de hidrocarbonetos que contêm mais 70 por cento de reservas de gás no mundo e são responsáveis pelo 64 por cento da comercialização.