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sexta-feira, 26 julho, 2024

‘Crise panamenha, consequência de um modelo econômico neoliberal’

Famílias residentes no Panamá protestam contra projetos do governo.

Hispantv –A crise econômica e social que o Panamá vive é resultado de políticas neoliberais que priorizam os ganhos de capital sobre a vida do povo.

O coordenador da Frente Nacional de Defesa dos Direitos Econômicos e Sociais (FRENADESO), Jorge Guzmán, conversou nesta quinta-feira com o programa da Rádio Sputnik, GPS Internacional, sobre as perspectivas em torno da mesa de negociações que foi aberta entre as organizações panamenhas de assistentes sociais e trabalhadores e o governo para estabelecer um novo subsídio para o preço de um galão de combustível, um ponto chave no início dos protestos contra o alto custo de vida por três semanas no país centro-americano.

Guzmán indicou que a crise social desencadeada no Panamá é consequência da aplicação de políticas econômicas neoliberais que mergulharam a população panamenha na necessidade, na desesperança, na falta de assistência médica e educação.

Nesse sentido, afirmou que isso se acentuou com a pandemia de COVID-19 e “agora, a guerra declarada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Rússia, cujo cenário se passa na Ucrânia”.

https://youtu.be/kS5CzL214Vo

Além disso, expressou que o Governo do Panamá, que representa o setor empresarial e o modelo econômico, aproveita este contexto para elevar o custo de vida da população e a resposta às manifestações de protestos e reivindicações da população tem sido repressão.

Sobre os altos níveis de inflação, o coordenador destacou que isso pode explodir a qualquer dia, porque as pessoas não aguentam mais e o governo sabe disso. “O Panamá não tem um futuro satisfatório para as famílias, já que se aplica um modelo econômico neoliberal, que continua priorizando os ganhos de capital sobre a vida da população”, concluiu.

Movimentos se organizam contra crise socioeconômica no Panamá

Os preços dos combustíveis aumentaram 47% nos últimos seis meses no Panamá, chegando a mais de 5 dólares por galão, antes de serem reduzidos pelo governo, embora não pelo valor exigido pelos sindicatos em protesto.

Como consequência, os panamenhos denunciam que os preços dos produtos de primeira necessidade, alimentos e remédios são tão altos que não podem comprá-los. Assim, eles permanecem em protesto contínuo com bloqueios de estradas e greves que causaram o fechamento de escolas públicas e a suspensão do transporte.

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