A Unicef apelou à comunidade internacional para que acelere os seus esforços para proteger as crianças no país caribenho.
“Muitas vezes são forçados a juntar-se às fileiras de grupos armados”, sublinha a organização no seu comunicado.
Desde o início de 2024, mais de 400 violações graves foram cometidas contra crianças, segundo as Nações Unidas.
Até à data, mais de 180 mil menores estão deslocados internamente devido à violência de gangues, informou o jornal Le Nouvelliste.
Recentemente, a Comissão Nacional para o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração do Haiti informou que a coligação de gangues continua a recrutar menores em Porto Príncipe.
Só em Porto Príncipe, mais de 400 soldados de infantaria foram recrutados nas últimas semanas, disse a entidade.
As gangues são compostas por quase 50% de menores, que hoje sofrem com a impossibilidade de ter acesso aos seus direitos básicos.
“A pobreza generalizada e a falta de oportunidades económicas também levam as crianças a juntarem-se a grupos armados”, afirmou o jornal Haiti Libre.
A fonte estimou que 30 a 50 por cento dos membros de gangues são menores.
Os meninos, além de empunharem armas automáticas, pistolas e facões, atuam como espiões e cozinheiros e as mulheres são abusadas por integrantes da quadrilha.