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sexta-feira, 26 julho, 2024

Cresce rejeição no Panamá a contrato de mineração

Cidade do Panamá, 3 set (Prensa Latina) Reuniões, marchas e ações judiciais perante a Suprema Corte de Justiça se destacam hoje entre as ações convocadas por organizações populares para rejeitar um contrato assinado entre o Governo e a empresa Minera Panama.

De acordo com a convocatória aprovada em recente reunião de dirigentes dos grupos que compõem a Alianza Pueblo Unido por la Vida, na tarde da próxima terça-feira os manifestantes partirão do parque Belisario Porras, nesta capital, em direção à Assembleia Nacional. (parlamento) para exigir que os deputados rejeitem este pacto agora sujeito a um primeiro debate.

O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Saúl Méndez, que leu as iniciativas, também indicou que iniciativas semelhantes seriam agregadas à caminhada nacional nas províncias de Chiriquí e Coclé; também na região central de Azuero.

Por outro lado, anunciou, a partir de segunda-feira, os colectivos vão realizar comícios e manifestações nos seus locais de trabalho e nas comunidades em rejeição do pacto leonino prejudicial à soberania nacional.

Méndez também especificou que na próxima quinta-feira, a candidata presidencial independente, a economista Maribel Gordón e um grupo de advogados apresentarão ao Supremo Tribunal um recurso contra a subsidiária da transnacional canadense First Quantum, por continuar a explorar cobre na cidade de Donoso, antes mesmo da declaração de inconstitucionalidade do pacto registrado desde 2017.

Para grupos ambientalistas, além da receita milionária ao Estado com a presença da Minera Panamá, a questão está nos danos ambientais e ecológicos causados ​​ao país ístmico por este acordo, uma vez que ameaça a vida das comunidades nativas e a biodiversidade daquele território localizado no Corredor Biológico Mesoamericano.

A esse respeito, outro porta-voz da Aliança Povos Unidos pela Vida, Marcos Andrade, confirmou à Prensa Latina que as manifestações nas ruas em rejeição a esse texto serão permanentes.

O também secretário-geral da Confederação Nacional de Unidade Sindical Independente também denunciou que o pacto envolve concessões não só a empresas estrangeiras e afetações na área onde está localizada a mina de cobre, mas também compromete quase metade do território nacional, com os consequentes saques de recursos naturais.

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