José, 2 jul (Prensa Latina)Trabalhadores dos setores da Educação e a Saúde percorreram nesta semana a principal avenida da cidade de San José para lutar por seus direitos e exigir que seja revisto o aumento deum por cento na quota operária ao regime de pensões na Costa Rica.
Na terça-feira, os docentes, em número superior aos 8 000 concentraram-se em frente à sede do Ministério de Educação Pública (MEP) e frete a negativa da responsável pelo órgão, Sonia Marta Mora, a recebê-los, marcharam até o edifício da Caja Costarricense del Seguro Social, onde concluíram o protesto em defesa dos sete eixos dos trabalhadores do setor.
Durante o protesto nacional, o governo solicitou a uma delegação da Associação de Professores de Segundo Ensino (APSE) ir a Casa Presidencial, onde expuseram suas demandas, pediram que as autoridades abram um canal de comunicação com o sindicato e exigiram que não tenha represálias contra os participantes na manifestação.
Os os dirigentes dos docentes pedem a seus filiados a estar vigilantes para tomar novas medidas de pressão para conseguir os fins deste movimento de protesto.
Os sete eixos são denunciar a política de sobrecarga trabalhista imposta pelo MEP devido à excessiva documentação, o qual -afirmam- lhes impede de se dedicaro no ensino e os obriga a dedicar tempo à burocracia, e exigir o direito à negociação coletiva e denunciar a política anti-sindical do MEP contra a APSE.
Solicitar a aprovação do projeto legal destinado a que os trabalhadores da educação que estão no regime de pensões da Caja Costarricense del Seguro Social (CCSS) sejam mudados para o regime Junta de Pensões e Aposentadoria do Magisterio Nacional.
Também exigem ao MEP a restituição de oficio de redução dos salários de quem se somou a greve de 1 de setembro de 2015, de acordo com a sentença do Tribunal de Trabalho de Menor Quantia.
Os professores secundários demandam um aumento salarial digno para o segundo semestre de 2017, e o pagamento pontual da Zona de Menor Desenvolvimento e recusam o aumento de um por cento na cota operária ao regime de pensões por Invalidez, Velhice e Morte (IVM).
Precisamente essa última demanda moveu aos trabalhadores da saúde a realizar nesta quinta-feira uma greve nacional -salvo as emergências- nos principais centros assistenciais e efetuar uma marcha do Parque de la Merced até a sede da CCSS com o objetivo de que a Junta Diretiva dessa entidade volte atrás no referido incremento.
Um dia antes, o presidente Luis Guillermo Solís convocou a Casa Presidencial representantes do Bloco Unitário Sindical e Social Costarriquense (Bussco) e da Confederação de Trabalhadores Rerum Novarum (CTRN) para convencê-los do improcedente de realizar um protesto nacional.
No entanto, os líderes sindicais não coincidiram com a postura do presidente e mantiveram o chamado de desemprego.
Em declarações à imprensa depois da reunião, Solís apontou que ‘não tem tido acordo e por isso a greve se mantém. O Governo tem reiterado que recusa que o movimento se realize, temos insistido que esta não é a forma de resolver o tema de pensões’.
A isso, a secretária geral da União Nacional de Empregados da Caixa e a Segurança Social (Undeca) -membro de Bussco-, Marta Rodríguez, manifestou que com argumentos e provas claras expuseram a necessidade de reverter dito incremento, e mesmo assim, não foi possível chegar a uma conciliação. (Tomado de Semanário Ã’rbita)