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sexta-feira, 4 outubro, 2024

Corrida por armas vem aí: Rússia diz que tensão global é culpa das políticas ‘agressivas’ dos EUA

RÚSSIA

O chefe de política externa da Rússia culpou nesta sexta-feira os EUA e suas políticas “agressivas” como culpadas pelas crescentes tensões globais, e observou que Washington reluta em estender o pacto chave sobre armas nucleares.

Sergei Lavrov, que atua como ministro interino das Relações Exteriores após a renúncia do gabinete russo na quarta-feira, disse que nenhum resultado imediato foi alcançado após a reunião desta semana entre diplomatas dos EUA e da Rússia sobre estabilidade estratégica, mas pediu que “o diálogo continue”.

As relações entre a Rússia e os Estados Unidos entraram em colapso desde que a Crimeia se reunificou com a Rússia após um referendo, em 2014, para ira da Ucrânia.

Em uma entrevista coletiva anual, Lavrov declarou que os Estados Unidos obstruíram a tentativa da Rússia de estender o tratado de armas nucleares New START, que expira em 2021.

Complexo de míssil balístico nuclear intercontinental Topol
© SPUTNIK / ALEKSANDR KRYAZHEV
Complexo de míssil balístico nuclear intercontinental Topol

O acordo é o mais recente em vigor para o controle de armas entre os Estados Unidos e a Rússia. O diplomata argumentou que seu desaparecimento derrubará a última barreira que contém uma corrida armamentista.

“Vamos agir vigorosamente para evitar privar o mundo dos acordos que controlam e limitam as armas nucleares”, disse Lavrov. “Apoiamos a extensão do New START sem pré-condições. Espero que os americanos nos ouçam, mas não recebemos sinais consistentes deles”, acrescentou.

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou a China a se juntar à redução de armas nucleares, mas Lavrov descreveu a ideia como irreal. Ele mencionou a recusa de Pequim em reduzir seu arsenal nuclear, que é muito menor do que o dos Estados Unidos ou da Rússia.

Lavrov enfatizou que a pressão dos Estados Unidos sobre a Rússia para motivar a China a mudar de ideia não faz sentido.

“Respeitamos a posição chinesa e não queremos convencer a China a mudar isso”.

Sputnik

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