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sexta-feira, 26 julho, 2024

Correa: assassinato de Villavicencio foi “uma conspiração” da direita

“É evidente que é uma conspiração, que a polícia está envolvida. E quem se beneficia com essa trama? À direita política equatoriana, porque precisava de tal hecatombe política, para nos culpar e impedir que vencêssemos em um único turno”, disse Correa na quarta-feira em reação à recente onda de violência em seu país.

O ex-presidente garantiu que a morte de Villavicencio “beneficia mais a direita”. “O ódio e a perseguição ao ‘correísmo’ destruíram as instituições do país, mergulhando-o na violência e na insegurança”, acrescentou.

Correa acredita que Villavicencio foi “levado a uma armadilha mortal para ser crivado de balas e entregue aos assassinos”, referindo-se aos erros de segurança que existiam em 9 de agosto, quando ocorreu o assassinato, enquanto o candidato do Movimiento Construye saía de um manifestação no norte de Quito.

O ex-presidente equatoriano Rafael Correa lamenta o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio e diz que o Equador é “um Estado falido”.

Neste contexto, Correa apontou o suposto papel de Fausto Salinas, Comandante Geral da Polícia Nacional, e Patricio Carillo, ex-Ministro do Interior (2022) e agora candidato a legislador, enquanto seis supostos pistoleiros colombianos são detidos pelo assassinato.

Nos últimos dois anos, os equatorianos testemunharam o aumento desproporcional de roubos, sequestros, ataques diários a clientes em cafés, restaurantes e outros estabelecimentos. Mas atirar em um candidato à presidência, no meio da rua e com guarda-costas, aprofundou ainda mais aquela sensação de que o país chegou ao fundo do poço.

Dado o fracasso do Estado em empreender uma luta eficaz contra a violência, muitos observadores já sustentam que o Equador se tornou um narcoestado, onde grupos ilegais se infiltraram em todas as instituições.

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