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sexta-feira, 26 julho, 2024

Conselho de Segurança da ONU realiza sessão para discutir supostas violações sexuais durante ataque de 7 de outubro.

Fonte da imagem: Assciated Press

Heba Ayyad*

Num momento em que a Faixa de Gaza enfrenta mais massacres, destruição e fome, o Conselho de Segurança da ONU realizou nessa segunda-feira, uma sessão sobre ‘a situação no Oriente Médio, incluindo a questão palestina’, para discutir o relatório elaborado por Pramila Patten, Representante Especial do Secretário-Geral para Violações Sexuais em Conflitos, sobre as alegações de abuso sexual durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 a Israel.

A pressão israelense foi exercida sobre alguns membros do Conselho para a realização de tal sessão, uma vez que será realizada a pedido dos Estados Unidos e do Reino Unido. Em seguida, a França juntou-se aos dois países para que a reunião fosse a pedido de três membros permanentes do Conselho de Segurança.

A sessão deverá começar com a apresentação de um relatório por Patten, antes de dar a palavra aos membros do Conselho, além dos representantes de Israel e da Palestina.

Patten respondeu a um convite do governo israelense, juntamente com uma equipe de especialistas técnicos, chegando a Israel em 29 de janeiro e partindo em 14 de fevereiro, com o objetivo de ‘recolher, analisar e verificar alegações de violência sexual relacionada com o conflito durante os ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro’, como afirma seu relatório.

A representante do Secretário-Geral confirmou que a missão da equipe não era investigar as alegações, mas sim recolher informações, uma vez que se reuniu com autoridades israelenses, revisou fotos e cassetes fornecidos à equipe pelas autoridades israelenses e também realizou 34 entrevistas com homens e mulheres israelenses. Patten e sua equipe concluíram, conforme indicado em seu relatório, ‘que a violência sexual, incluindo violação, tortura sexual e tratamento cruel e desumano, foi cometida contra os reféns’, e acrescentaram que tinham motivos razoáveis para acreditar que tal violência pode estar tendo continuidade contra aqueles que permanecem mantidos em cativeiro.

*Jornalista

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