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sexta-feira, 26 julho, 2024

Colômbia convoca marcha contra a violência

Bogotá, (Prensa Latina) Grupos sociais e personalidades da Colômbia convocam hoje uma marcha para o próximo dia 2 de outubro pela vida sob o lema “Nem civis, nem militares, nem guerrilheiros, mais um morto!”

A marcha coincidiria com o Dia Internacional da Não-Violência e busca conscientizar a sociedade colombiana para acabar com todos os crimes no país e apoiar a política denominada Paz Total do Governo de Gustavo Petro.

A renomada lutadora social e senadora Clara López afirmou que se une ao apelo à mobilização em defesa da vida.

“A Colômbia não pode continuar sendo uma fábrica de vítimas, a sociedade disse NÃO MAIS à guerra. Vamos nos mobilizar!”, enfatizou por meio de sua conta no Twitter.

A organização Defendamos la Paz exigiu “o silêncio de todos os fuzis” e pediu uma Colômbia unida pela vida e pela paz em 2 de outubro.

Com a hashtag #NoMatarás, das redes sociais apoiam o apelo do Governo Petro para um cessar-fogo multilateral de todos os grupos armados e da força pública para avançar nos diferentes mecanismos (diálogo, transição, justiça ordinária, negociações e outros) para acabar com a guerra.

Na opinião do jornalista Jorge Rojas “quem ordena a morte e quem puxa o gatilho respondem a interesses políticos, mafiosos e econômicos”.

Da mesma forma, a vice-presidente do país, Francia Márquez, destacou em seu perfil no Twitter que o respeito à vida é sagrado, independentemente da cor da pele, condição socioeconômica, orientação sexual, crenças religiosas ou políticas.

“Todas as vidas importam. Todos, todos, todos na Colômbia unidos pela vida e pela paz. Trabalhamos incansavelmente pela vida #NoMatar”, escreveu o vice-presidente.

Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), de 1º de janeiro deste ano até ontem, 12 de setembro, 128 líderes sociais e defensores de direitos humanos foram assassinados na Colômbia e 79 massacres foram perpetrados.

Nesse período, 34 ex-guerrilheiros que assinaram a paz e foram incluídos no processo de reincorporação também foram mortos.

O Indepaz especifica que desde a assinatura do Acordo de Paz em 2016 até ontem que os líderes assassinados somam 1.355; os massacres, 345 e os ex-guerrilheiros das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército Popular que depuseram as armas, 340.

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