Começamos no início de novembro com uma colheita um tanto estranha, onde no início devido à falta de chuvas os rendimentos foram baixos, declarou o vice-presidente da Associação dedicada ao setor no país, Álvaro Ruiz.
Mas na medida em que a época seca foi normalizada, o nível foi subindo e estão a voltar ao bom caminho em circunstâncias normais, pelo que será uma colheita muito semelhante à última, embora possivelmente um pouco abaixo, enfatizou o responsável.
Ruiz explicou sobre o impacto do fenômeno El Niño “e realmente em maio, junho e julho não ocorreram chuvas, que é a época em que a cana está crescendo e precisa de mais água”, frisou.
Sim, foi afectado e a certa altura vimos canas muito secas, mas felizmente com o excesso de chuvas posteriores, a produção foi recuperada e esperamos chegar ao último valor, notou.
O diretor da Associação dos Produtores de Açúcar da Guatemala (Asazgua) destacou que a indústria está em fase de modernização e uma questão que a move muito rapidamente é a mecanização de muitas tarefas no campo, principalmente na colheita.
Reconheceu que hoje em diversas atividades produtivas é muito difícil obter mão de obra e pessoal e o campo não foge à regra, o que obrigou à modernização de muitos processos que antes eram manuais, como a tarefa de corte.
O Ingenio la Unión, exemplificou, envolveu muito pessoal feminino e já conta com duas frentes de colheita mecanizada realizadas por mulheres, que gerenciam colheitadeiras, tratores, caminhões e equipamentos mecânicos, por isso o projeto é um sucesso, destacou.
A captura de dados em campo também foi digitalizada, além do uso de drones e outros processos de produção, descreveu o vice-presidente da Asazgua.
As 13 usinas deste território centro-americano encerrarão a safra 2023/2024 em abril ou maio, com a chegada da estação chuvosa.
40% da produção é destinada ao abastecimento do mercado local, enquanto 60% é exportada para mais de 50 nações.
Apesar de ocupar a 14ª posição entre os produtores globais, a Guatemala desempenha um papel importante no mercado de adoçantes, superada apenas pelo Brasil na América Latina.
Em 2022, o setor açucareiro de Chapín registou exportações avaliadas em 796 milhões 671,7 mil dólares, o que representou cerca de 288 milhões 730,7 mil mais que em 2021.