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sexta-feira, 11 outubro, 2024

Colaboradores cubanos consolidam programa de saúde na África do Sul

Por Deisy Francis Mexido

África do Sul, 8 abr (Prensa Latina) Vinte anos após o início da colaboração médica entre Cuba e África do Sul, a presença hoje de profissionais da ilha em oito províncias do país demonstra a consolidação deste projeto.

Assim afirmou em entrevista à Prensa Latina a doutora Regla Angulo, diretora da Unidade Central de Cooperação Médica (UCCM) do Ministério de Saúde de Cuba, que elogiou os resultados do programa, fruto da iniciativa dos líderes Fidel Castro e Nelson Mandela.

“Nosso Comandante em Chefe Fidel e Mandela decidiram unir esforços para ajudar de uma maneira altruísta e solidária o povo irmão sul-africano”, recordou a funcionária.

A doutora Angulo participou na cidade de Rustenburg, província de North West (a 130 quilômetros de Pretória) de um encontro com uma representação dos cooperantes da ilha.

“Uns levam pouco tempo aqui, outros chegaram justamente quando começou o programa”, sublinhou, ao termo do intercâmbio de opiniões, onde destacaram episódios sobre a experiência em solo africano.

A também integrante do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba explicou que “todos trabalham em diferentes hospitais e comunidades como cirurgiões, ortopedistas, médicos de família, anestesistas, ginecologistas…”

Sem dúvida, isto “tem dado a possibilidade também em alguma medida de contribuir para melhorar os indicadores de saúde do povo sul-africano”, explicou.

Antecipou que o contexto do vigésimo aniversário da chegada do primeiro grupo de médicos cubanos à África do Sul “se converte em jornadas de trabalho intenso e de compromisso”.

Ao se referir aos resultados de sua visita à nação africana – que conclui nesta quinta-feira – a diretora da UCCM expressou sua satisfação porque se cumpriram os objetivos de sua estadia no país.

Comentou sobre seu encontro com o ministro de Saúde, doutor Aaron Motsoaledi; com a diretora Geral do Departamento Nacional de Saúde, Malebona Precious Matsoso, e com a ministra de Saúde de Gauteng, Qedani Mahlangu.

Segundo suas apreciações, pôde ser revisado o estado atual da cooperação e foi avaliado o interesse das autoridades locais para fortalecê-la e ampliá-la.

Nesse sentido, mencionou igualmente os 3.151 mil estudantes sul-africanos que neste momento se formam em Cuba a partir de um convênio de junho de 2012.

A doutora Angulo ratificou que “Cuba é um país bloqueado com indicadores de excelência, como se evidencia ao exibir uma taxa de mortalidade infantil de 4,2 por mil nascidos vivos”.

Podemos falar também “sobre a ajuda tão humanitária e sensível na luta contra o ebola na África ocidental, os desafios que temos para evitar a epidemia de Zika que afeta agora vários países da América Latina e do Caribe”, acrescentou.

“Eu creio que são coisas que nos tornam distintos, apesar de ser um país onde, sim, se mantém um ferrenho bloqueio econômico”, sublinhou.

Por último, reiterou o orgulho “por nossos colaboradores internacionalistas, não só os médicos, mas todos os trabalhadores do setor que prestam seus serviços em algum rincão do mundo”.

Atualmente, a colaboração cubana está presente em 67 países, são mais de 50 mil colaboradores, entre eles 25 mil médicos, “cada um, a partir de seu local, contribuindo com o melhor de si”.

As atividades oficiais da doutora Angulo concluirão em Freedom Park, onde homenageará os internacionalistas cubanos que derramaram seu sangue pela independência da África e de outras terras.

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