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terça-feira, 8 outubro, 2024

Coalizão liderada pelos EUA reconhece ter matado 800 civis no Iraque e na Síria

© AP Photo/ Rwa Faisal

Pelo menos 800 civis foram mortos por ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos no Iraque e na Síria desde 2014, afirma um relatório da coalizão. O documento acrescenta que o grupo se responsabiliza por “ferimentos involuntários ou morte de civis”.

“Até a presente data, com base nas informações disponíveis, [a coalizão] avalia que pelo menos 801 civis foram mortos involuntariamente por ataques da coalizão desde o início da Operação Inherente Resolve [em 2014],” disse a Força Tarefa Operacional Combinada Inherente Resolve (CJTF-OIR) em uma declaração nesta quinta-feira.

“Continuamos a responsabilizar-nos por ações que possam ter causado ferimentos involuntários ou morte a civis”, diz o relatório.

De acordo com o documento, as forças lideradas pelos EUA no Iraque e na Síria realizaram “um total de 28.198 ataques que incluíram 56.976 operações separadas entre agosto de 2014 e outubro de 2017 […]. Durante este período, o número total de relatos de possíveis vítimas civis foi de 1.790”, aciona.

Em junho, a Anistia Internacional divulgou um relatório, criticando a ação da coalizão dos EUA em Mosul, no Iraque.

“A qualquer custo: a catástrofe civil no oeste de Mosul, no Iraque”, diz o documento ao afirmar que, além dos ataques do Daesh, os civis sofrem de “implacáveis ataques ilegais das forças do governo iraquiano e dos membros da coalizão liderada pelos EUA”, e que pelo menos 5.805 civis foram mortos pelos ataques dos EUA e do Iraque.

Em setembro, a Human Rights Watch (HRW), que também monitora as ações da coalizão dos EUA, disse que os ataques que mataram civis na Síria “infligiram o medo e empurraram muitos para a rota de fuga”.

“Embora os militantes do Daesh também estivessem nesses locais, o alto número de mortos civis suscita preocupações de que militares as forças da coalizão liderada pelos EUA não tomaram as precauções necessárias para evitar e minimizar as baixas civis, um requisito de acordo com o direito internacional humanitário”, disse HRW

A coalizão disse que, apesar dos “êxitos significativos” contra o Daesh, “o combate tomou um impacto nas populações que sofrem sob os extremistas militantes”.

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