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sábado, 7 dezembro, 2024

Clima tenso no cenário político de El Salvador

San Salvador, 10 de agosto (Prensa Latina) A prisão do assessor de segurança nacional, Alejandro Muyshondt, e o anúncio de um julgamento preliminar contra o deputado do Nuevas Ideas, Erick García, tornam a situação hoje tensa em El Salvador.

García foi expulso do partido e enfrentará o processo que seguirá na Assembleia Legislativa, algo que não se viu nos últimos tempos e que alguns analistas acreditam ser um sinal da ruptura que o partido vive no governo e que pode afetar a imagem do presidente Nayib Bukele.

O procurador-geral da República, Rodolfo Delgado, apresentou o pedido de audiência preliminar e pedido de impugnação perante o Parlamento, que julgará o arguido.

O presidente do corpo legislativo, representante do Nuevas Ideas (NI) Ernesto Castro, assegurou que não tolerarão atos contrários aos princípios de justiça e à lei em El Salvador.

Depois de ouvir o pedido de audiência preliminar e o pedido de impeachment, o partido expulsou García de suas fileiras e anulou sua candidatura às eleições de 2024.

No início do mês, Bukele tentou deter o “inchaço” interno da NI e não descartou uma investigação “por narcotráfico” contra o deputado governista García e contra seu assessor de segurança Alejandro Muyshondt, que fez revelações em a este respeito.

Na véspera, o presidente abordou a situação em uma extensa mensagem em suas redes sociais, onde informou seus compatriotas sobre o caso do parlamentar García.

Por outro lado, o jornal El Faro não negou as acusações de que o assessor de segurança teria vazado informações sigilosas para um de seus jornalistas.

Muyshondt responde pelos crimes de divulgação de fatos, atos ou documentos sigilosos por funcionário e favorecimento de sonegação.

Bukele destacou que o assessor enviou esses textos, em vários casos modificados, a jornalistas, “além de um governo estrangeiro e vários cidadãos de outros países (estes últimos, como um” cofre “caso sejam descobertos)”.

O El Faro garantiu que não pode negar que o funcionário era fonte de um de seus jornalistas.

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