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Sputnik Brasil – Referendo acontece em meio à pandemia de COVID-19, que deixou cerca de 500 mil infectados e 13.900 mortos no país.
Os chilenos votam neste domingo (25) se querem substituir a Carta Magna estabelecida pela ditadura militar do Chile (1973-1990). Esta era uma das principais demandas da população após os massivos protestos contra as desigualdades sociais no ano passado.
Cercam de 14,8 milhões de cidadãos foram convocados para o processo eleitoral.
No plebiscito de domingo, os chilenos terão de responder a duas perguntas. Eles precisam escolher entre “aprovo” ou “rejeito” mudar a Constituição.
Depois, eles precisam também marcar se o novo texto constitucional deve ser escrito por 155 cidadãos eleitos, ou por 85 e um número igual de parlamentares.
De acordo com uma publicação da Istoé, as pesquisas de intenção de voto mostram um apoio avassalador à reforma da Constituição (cerca de 80%) e à convocação de uma constituinte exclusiva (aproximadamente 60%).
A Constituição do Chile de 1980, de cunho liberal, abriu as portas de uma série de segmentos da economia chilena para o setor privado. Saúde, educação e previdência social foram privatizados.Em 2019, porém, diante das inúmeras manifestações de rejeição à desigualdade social no país, os políticos e o presidente Sebastián Piñera anunciaram a convocação de um plebiscito.
Se o “aprovo” vencer o referendo deste domingo (25), em abril de 2021 os redatores da nova Constituição serão eleitos. No segundo semestre de 2022, os cidadãos do país vão participar de outro referendo para aprovar ou rejeitar o novo texto.
Se for rejeitada, a Constituição da ditadura militar vai continuar em vigor.
Campanha eleitoral
Terminou à meia-noite desta sexta-feira (23) a campanha eleitoral para o plebiscito sobre a reforma da Constituição do Chile. A oposição, que defende um novo texto, promoveu dois comícios: um em frente ao Palácio de la Moneda, sede da presidência, reunindo as principais forças de centro-esquerda; e outro na Plaza Itália, palco das manifestações de um ano atrás, com o Partido Comunista e sindicatos.
Já os apoiadores do “não” se reuniram no bairro de Providencia, em Santiago, onde acolheram uma caravana de automóveis que havia partido cinco dias antes de Puerto Montt.