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quinta-feira, 5 setembro, 2024

Chile: Criada uma comissão para investigar fraudes fiscais

Santiago do Chile, 12 jan (Prensa Latina) A Câmara dos Deputados do Chile aprovou a criação de uma nova comissão de investigação após a maior fraude fiscal conhecida até hoje na história do país, na qual estão envolvidos 55 empresários.

Desde 2015, estes indivíduos conceberam um complexo esquema de evasão fiscal, através do qual causaram danos aos cofres do Estado de 240 mil milhões de pesos (cerca de 276 milhões de dólares).

Os envolvidos criaram empresas em áreas como serviços e construção, com o único propósito de fraudar o erário.

Eles estavam ligados a sete clãs criminosos e emitiram mais de 100 mil faturas falsas para cerca de 3.300 contribuintes.

O clã Canessa, liderado por José Antonio Pavez Canessa, criou uma rede composta por 16 empresas que se dedicavam à emissão e facilitação de cédulas adulteradas para outras empresas.

Também operavam os clãs Galaz, Barraza, Croxatto, Nexus, Barriga e Polanco.

O objetivo da comissão de inquérito, que deve apresentar relatório no prazo de 60 dias, é fiscalizar a atuação do Ministério das Finanças, das Alfândegas, da Receita Federal e da Comissão do Mercado Financeiro ao longo da última década.

O pedido de constituição desta instância foi apresentado por 66 deputados devido à gravidade do caso.

A fraude ficou conhecida em dezembro passado, durante uma operação levada a cabo pela Brigada de Branqueamento de Capitais da Polícia de Investigação (PDI), que invadiu simultaneamente 83 residências em diferentes regiões do país.

Os líderes destes grupos, todos chilenos, adquiriram bens e propriedades luxuosas ilegalmente.

Até agora o PDI conseguiu recuperar bens, casas e dinheiro num total de 25 mil milhões de pesos (28,6 milhões de dólares).

O Ministério Público acusa os empresários de crimes fiscais, associação ilícita, branqueamento de capitais e declaração de exportação maliciosamente falsa.

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