Buenos Aires (Prensa Latina) Uma missão do Comité Internacional de la Cruz Roja (CICR) começou as tarefas de identificação dos cadáveres de 123 soldados argentinos sepultados no cemitério de Darwin, em Ilhas Malvinas.
A Secretaría de Derechos Humanos y Pluralismo Cultural do ministério de Justiça detalhou em um comunicado que o procedimento se assenta ‘no acordo assinado entre a Argentina e o Reino Unido’ e se estenderá desde este mês até dezembro, reportou a agência Télam.
‘A proposta tenta saldar uma dívida histórica com os familiares dos heróis caídos que jazem no cemitério de Darwin sob a lenda do Soldado argentino só conhecido por Deus’, agregou a fonte.
Esta tarefa, acrescentou, se realizará com o devido respeito e os necessários cuidados de uma equipe especializada e, os resultados da cada identificação, somente serão comunicados às famílias quando a Cruz Vermelha os remeta em um relatório geral consolidado.
Argentina e o Reino Unido concordaram em dezembro do ano passado em trabalhar no reconhecimento dos cadáveres sem identificação de 123 dos 237 soldados argentinos sepultados no cemitério de Darwin.
Ambos países outorgaram esse mandato à CICR para que possa levar a cabo essa iniciativa de estrito caráter humanitário.
O acordo foi assinado pelo Ministro de Estado para Europa y las Américas de la Secretaría de Relaciones Exteriores y Commonwealth britânica, Sir Alan Duncan, e o vice-chanceler argentino, Pedro Villagra.
Segundo o acordo, sob a fórmula de salvaguarda de soberania, a Cruz Vermelha constituiu um grupo de forenses que contará com a participação de dois experientes argentinos, a efeitos de recolher mostras de DNA dos soldados não identificados.
Logo as mostras serão comparadas com as obtidas das famílias que voluntariamente tenham prestado seu consentimento para a identificação, explicou a chancelaria naquela ocasião.