O seu Gerente de Geologia e Exploração, Nelson Carvajal, garantiu que esta informação é confirmada através de estudos hidrogeológicos e monitoramento ambiental.
“Para a industrialização dos recursos evaporíticos, a YLB gere de forma responsável os recursos hídricos através de estudos, projeções e monitorização da água, salmoura e outros recursos”, afirmou a autoridade.
Descreveu que esta estatal realiza estudos hidrogeológicos e balanços hídricos desde 2014 nas microbacias Marka Pampa e San Gerónimo, de onde se extrai água para o funcionamento das usinas no sul do Salar de Uyuni.
Acrescentou que as investigações permitiram determinar a capacidade de extração de 216 litros de líquido por segundo (l/s), apenas numa das microbacias, das quais o YLB utiliza atualmente apenas 22 l/s.
Indicou que quando as centrais atingirem a capacidade máxima necessitarão de 100 l/s, um consumo 50 pontos percentuais inferior ao recurso hídrico disponível.
Acrescentou que os estudos apoiam a identificação da zona de extracção de água, a localização dos poços de exploração, os parâmetros de profundidade de perfuração; a caracterização dos aquíferos e a determinação da quantidade de líquido para uso industrial sem afetá-los.
“Os resultados dos estudos – confirmou o gestor – foram socializados com as comunidades envolventes. Estamos trabalhando com responsabilidade, o que não queremos é causar um grande impacto ambiental, nem afetar as comunidades, a fauna ou a flora da região.”
O chefe do Departamento de Meio Ambiente do YLB, Iván Bellido, por sua vez, informou que o Plano de Gestão Ambiental conta com 153 pontos de monitoramento de água, ar, flora e salmoura para controlar os efeitos das operações no Complexo Industrial.
Salientou que os comités de água das comunidades envolventes participam nas tarefas de monitorização.
“No quadro regulamentar, a YLB possui todas as licenças ambientais das plantas piloto e das plantas industriais, emitidas pelas autoridades ambientais nacionais e departamentais”, esclareceu.
Adicionalmente, existem atas de consulta pública dos projetos, especialmente da Planta Industrial de Carbonato de Lítio realizada em 2018, que estabelece o projeto, as características, os impactos e como eles serão mitigados, conforme explicado.
Segundo a YLB, as fontes de onde extrai o recurso hídrico contêm água salobra, ou seja, imprópria para consumo humano, e é tratada em uma planta de beneficiamento para uso industrial.