Cem brigadistas participam de resgate de mineiros no Chile

Segundo Rubén Alvarado, CEO da Corporação Nacional do Cobre (Codelco), os socorristas conseguiram avançar até agora quatro metros, dos 20 que precisam percorrer para chegar aos mineiros.

“Ainda não conseguimos estabelecer nenhum contato com eles”, disse Alvarado em entrevista coletiva, acrescentando que ainda não é possível estimar quanto tempo o trabalho levará.

Ele explicou que esse trabalho deve ser feito da forma mais segura possível e em conformidade com os padrões aplicáveis.

O acidente ocorreu quinta-feira no projeto Andesita, em El Teniente, considerado o maior depósito de cobre do mundo, e resultou na morte de um mineiro e ferimentos em outros nove.

As hipóteses iniciais indicam que o fenômeno pode ter sido causado por um terremoto de magnitude 4,2 ocorrido nas proximidades, mas as autoridades afirmaram que o assunto está sendo investigado pelo Serviço Geológico e de Mineração Nacional.

O CEO da Codelco disse que a atividade sísmica está baixa no momento, o que permitirá operações mais tranquilas.

Alvarado insistiu que as primeiras 48 horas são cruciais em qualquer processo de resgate.

Mary Carmen Llano, vice-presidente de Recursos Humanos, explicou que eles conversaram com as famílias dos mineiros para explicar suas histórias até agora.

Além disso, criaram um espaço de encontro dentro da empresa para que os familiares pudessem se sentir amparados e receber apoio psicológico.

Nosso compromisso é fornecer a você informações personalizadas sobre o que está acontecendo a cada duas horas, disse ele.

O acidente ocorreu no mês que marca o 15º aniversário do desabamento da mina San José, onde 33 trabalhadores ficaram presos a uma profundidade de aproximadamente 700 metros e foram resgatados com vida 69 dias depois, no maior e mais bem-sucedido resgate da história da mineração global.