Buenos Aires (Prensa Latina) A líder da organização argentina Tupac Amaru, Milagros Sala, presa há mais de um ano na província de Jujuy, expressou hoje todo seu apoio ao conflito dos docentes.
Transladada ao hospital Pablo Soria para ser submetida a estudos médicos ordenados pela Corte Suprema de Justiça, a dirigente social indígena mostrou sua solidariedade com os maestros que pedem ao Governo um aumento salarial.
Presa e custodiada por seis policiais, Sala ficou registrada à saída do cárcere Alto Comedero em várias câmeras quando gritou ‘vamos os docentes. Aumento salarial para todos os estatais’, em referência à luta que levam há semanas esses sindicatos.
Na semana anterior o Corpo de Medicina Forense do máximo tribunal depois de examinar a Sala pediu uma avaliação sobre sua saúde e também requereu informação completa sobre o estado das causas que deram lugar à detenção, destacou o jornal Página 12.
Em fevereiro último, em meio dos vários delitos que lhe adjudicam aos que se somaram mais três, a também parlamentar do Mercosul sofreu uma recaída na prisão onde se encontra ao atentar contra sua vida.
Sala foi presa em 16 de janeiro de 2016 sob a suposta incitação à violência e tumulto por encabeçar um protesto em Jujuy contra as mudanças impostas pelo governador Gerardo Morales no sistema e programa de cooperativas.
Desde esse então abriram múltiplas causas, algumas delas em que a fazem responsável pelos delitos de associação ilícita, fraude à administração pública e extorsão. A justiça provincial impôs-lhe uma sanção de três anos de cárcere em suspenso.
Seu caso obteve uma grande repercussão dentro e fora do país e cinco organizações, entre elas o Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária da ONU e a Organização de Estados Americanos, pediram ao Governo a pôr em liberdade.
Vários vozes também expressaram seu apoio à líder social como o Prêmio Nobel de Paz Adolfo Pérez Esquivel, que foi enfático ao declará-la como uma presa política, condenada antes de ser julgada.