Bolsonaro e o incêndio na Floresta Amazônica (Foto: Montagem)
Por Sergio Jones*
Há um ano, as praias do Nordeste foram tomadas por cinco mil toneladas de óleo. Até o presente momento, a Marinha do Brasil já finalizou a primeira etapa de investigação e não chegou a nenhuma conclusão sobre o ocorrido e nem identificou os possíveis responsáveis pelo ato criminoso que provocou essa tragédia ambiental.
Logo após esse caos surgiram outros de grande envergadura como incêndio no Serrado, Pantanal e na Amazônia legal. Mas como professa uma velho e sábio ditado popular, miséria pouca é bobagem.
Nem bem teve início o ano de 2021, quando parte do povo brasileiro considerou que o pior já havia acontecido. O frágil equilíbrio do meio ambiente brasileiro volta a sofrer uma nova agressão.
Dessa vez partiu diretamente da cópia deplorável da figura do presidente Jair Bolsonaro, que pulou de uma lancha em Praia Grande, São Paulo, lançando o seu corpo pútrido e decadente ao mar e nadou alguns metros em direção ao grupo de banhistas que estavam no local.
A cena causou tanto horror que já há quem afirme ter encontrado a figura de Iemanjá de mala e cuia, deixando em definitivo o mar, sua morada eterna, em protesto pelo ato perpetrado por sua excelência Jair Bolsonaro.
Ao ser questionada pelo seu ato considerado inusitado, alegou Iemanjá em sua defesa que com a imersão do corpo do presidente no mar, o ar no local se tornou irrespirável, até mesmo para ela.
A cena bizarra e degradante projetada pelo presidente foi ovacionada por gritos de “mito”. Ao retornar para a lancha a corja de imbecis que se encontravam no local, se utilizou de expressões depreciativas para debochar do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Dando continuidade ao ritual macabro orquestrado pelo mandatário, na quinta-feira (31), em transmissão ao vivo nas redes sociais, ele já havia tecido severas críticas ao fechamento de algumas praias de Brasil para evitar a propagação do coronavirus.
Mas o grau de estupidez do presidente ultrapassa todos os limites da razão, o que fez com que chamasse Doria de “irresponsável”. Se utilizando de frase demagógica e com odor de neofascista insinuou que o governador deveria “sentir o cheiro do povo”.
A resposta por parte de Doria foi imediata, se utilizando do Twitter, ele respondeu ao presidente, afirmando que “a inoperância e o negacionismo” de Bolsonaro “estimularam a morte de 195 mil brasileiros”.
*Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)