La Paz, (Prensa Latina) O executivo da Federação Sindical de Trabalhadores Mineiros da Bolívia (Fstmb), Orlando Gutiérrez, repudiou o assassinato do vice-ministro do Regime Interior Rodolfo Illanes, enquanto encontrava-se sequestrado por cooperativistas mineiros.
Illanes foi tomado como refém na manhã desta quinta-feira por grupos de mineiros privados na localidade de Panduro, a 186 quilômetros de La Paz, enquanto tentava conciliar uma proposta negociadora com os mesmos.
Em nome da Fstmb repudiamos a atitude de tirar a vida de um ser humano. É repudiável esta barbárie quando precisamente o companheiro Illanes, corajosamente, chegou para resolver o conflito, querendo buscar um diálogo com o setor, reafirmou Gutiérrez ontem à noite em diálogo com a estatal Bolívia TV.
O diretor refletiu sobre o conflito suscitado pela direção da Federação de Cooperativas Mineiras da Bolívia (Fencomin) que exortou o bloqueio de estradas e uso de dinamite, ação que nesta semana deixou dezenas de feridos, alguns deles gravemente, assim como a morte de dois trabalhadores do setor.
Em dado momento alertamos que, em vez de chamar à pacificação, (a Fencomin) saiu com discursos incendiários. Esta atitude a condena o povo boliviano, assegurou.
De igual forma, considerou lamentáveis posturas que ‘já deixam de fazer sentido reivindicativo e atentam contra a democracia de maneira direta’.
O executivo da Fstmb exortou novamente à direção das cooperativas mineiras a tomar decisões sérias para estabelecer o diálogo com o Governo, a fim de encontrar uma solução pacífica.
Isto saiu do controle. Muitos dirigentes nacionais de setores sindicais a nível nacional repudiamos esta situação. É necessário defender a estabilidade do país, em vez de gerar mais convulsão, que só faz é afetar os trabalhadores do setor cooperativo, reivindicou.
Gutiérrez definiu que a Concobol (Confederação Nacional de Cooperativas da Bolívia) e a Fencomin ‘tem que ser mais sensatos e maduros ao tomar decisões e chamar à pacificação definitiva’.
Na quinta-feira à tarde, o Governo e dirigentes da Fencomin acordaram iniciar um diálogo nesta sexta-feira para solucionar o conflito que protagonizam há dias cooperativistas mineiros, mediante o bloqueio de estradas e uso de armas de fogo e dinamite.
Os manifestantes rejeitam a aprovação da Lei de Cooperativas alegando que a sindicalização ao interior dessas instituições afetaria seus trabalhos.
Segundo autoridades, o objetivo real dos protestos é o interesse de membros do setor de se beneficiarem com isenções fiscais, e, ao mesmo tempo, assinar contratos diretos com transnacionais, algo contrário à Constituição.