La Paz, 30 jan (Prensa Latina) O governo boliviano manifestou mesta segunda-feira (30) uma posição oficial diante das declarações da ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, sobre a suposta participação de cidadãos nacionais no aumento do narcotráfico nesse país.
Primeiro, vamos escutar a explicação do embaixador da Argentina na Bolívia, Normando Álvarez, e depois serão tomadas as medidas apropriadas, declarou à imprensa o ministro boliviano da Defesa, Reymi Ferreira.
Ferreira lamentou as declarações realizadas há uns dias por Bullrich, quem atribui a cidadãos peruanos, paraguaios e bolivianos a responsabilidade do aumento do narcotráfico em seu país.
Esclareceu que quando se buscam na página oficial do governo argentino as estatísticas sobre réus enclausurados por narcotráfico estas revelam que somente 13 por cento são estrangeiros, enquanto 87 por cento são nacionais.
Segundo o representante boliviano, estes dados jogam por terra as afirmações da ministra porque ademais não têm nenhum tipo de sustentação.
Além disso, comentou que ao conhecer as declarações de Bullrich, o governo as qualificou de desafortunadas e afastadas da verdade.
De acordo com Ferreira, as palavras da ministra argentina reforçam a xenofobia e os ataques de racismo já perpetrados contra a população boliviana.
Ao mesmo tempo, um grupo de legisladores bolivianos anunciaram que apresentarão pela chancelaria uma representação oficial sobre a posição adotada pelo governo argentino. Os parlamentares rechaçaram os decretos promulgados pela Argentina que endurecem controles migratórios contra os bolivianos, decisão considerada por eles xenofóbica.