La Paz, 16 out (Prensa Latina) A Chancelaria boliviana, em coordenação com a Direção Estratégica de Reivindicação Marítima, Silala e Recursos Hídricos (Diremar), começou hoje a apuração dos danos econômicos produzidos pelo isolamento marítimo.
Instruímos a Diremar para que faça o estudo sobre os impactos econômicos no país desde 1879 quando foi invadido pelo Chile, até hoje, anunciou o chanceler boliviano, Diego Pary.
O chefe da diplomacia boliviana revelou que quando concluir o estudo será divulgado ao país e ao mundo.
‘Nosso país tem tido várias dificuldades com o tema do transporte e acreditamos ser importante ter dados sobre os efeitos do isolamento marítimo’, assegurou Pary.
Em 1879, a Bolívia perdeu não só seu acesso ao mar, 120 mil quilômetros quadrados de territórios ricos em minerais e 400 km de costa, mas também a oportunidade de exportar cobre, lítio, prata e outros recursos de grande valor no mercado mundial.
Essa condição de país mediterrâneo, que cerceou a nação, causou perdas econômicas que atualmente rondam dois por cento do Produto Interno Bruto, segundo estudos citados por especialistas do Banco Central da Bolívia e outras instituições financeiras.
Segundo o Livro do Mar, que cita a publicação Doing Business do Banco Mundial, as exportações bolivianas por contêiner são 55 pontos percentuais mais caras que as do Chile e 60 por cento mais que as peruanas.