La Paz (Prensa Latina) O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales (2006-2019), denunciou hoje a participação de alguns governos de direita da América do Sul no golpe contra ele em 2019, que resultou em massacres e pilhagens na Bolívia.
‘Esta é uma evidência inegável da reedição do Plano Condor, com a troca de informações e sistemas de repressão’, disse o ex-líder indígena.
Acrescentou que ‘a carta assinada por um oficial militar que desonrou sua bandeira e tentou contra a ordem constitucional prova a participação de governantes de direita, da Igreja Católica, dos Estados Unidos e (Luis) Almagro (líder da Organização dos Estados Americanos)’ nestes eventos.
Seus crimes contra a humanidade devem ser investigados e punidos no tribunal internacional, Morales enfatizou em um tweet.
Nesta linha, ontem o ministro boliviano das Relações Exteriores, Rogelio Mayta, confirmou que o governo argentino do ex-presidente Mauricio Macri estava envolvido no golpe de Estado acima mencionado.
De acordo com documentos oficiais, a Argentina forneceu material militar às forças golpistas que reprimiram as manifestações de apoio a Morales, então eleito para um novo mandato.
Depois que o caso foi descoberto, o presidente argentino, Alberto Fernández, enviou uma carta a seu colega boliviano, Luis Arce, expressando ‘dor e vergonha’ pelas ações do governo Macri, e pediu desculpas ao povo boliviano.
Por outro lado, Morales também dedicou hoje um tweet de saudações ao povo da Argentina e ao governo de Fernández no dia da independência daquele país, e expressou a eles que ‘eles estão sempre em nossos corações gratos’.



