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sexta-feira, 26 julho, 2024

Bolívia espera com música e dança o Ano Novo Andino

La Paz, 21 de junho (Prensa Latina) Em meio a um festival de música e danças nativas no complexo arqueológico de Tiwanaku, La Paz, liderado por representantes de diferentes departamentos, a Bolívia dá hoje as boas-vindas ao Ano Novo Andino-Amazônico e Chaco 

A ministra da Cultura, Despatriarcalização e Descolonização, Sabina Orellana, confirmou em declarações à imprensa a presença do presidente Luis Arce, e do vice-presidente David Choquehuanca, que chegará ao amanhecer.

À chegada será realizada uma cerimónia ancestral de agradecimento à Mãe Terra e a Tata Wilka (Pai Sol) naquele local sagrado, e pela manhã haverá uma entrada autóctone com a participação de comunidades da região.

A vice-ministra de Comunicação, Gabriela Alcón, por sua vez, disse que os ministros e outros funcionários do governo estarão em outras regiões do país “porque isso nos une sem dúvida pelo que significa, é um espaço com muito conexão, com muita energia.”

De acordo com essa pasta, os rituais ancestrais para receber os primeiros raios de sol no ano 5531 dos calendários andino, amazônico e chaco serão realizados em 200 lugares para que os bolivianos possam ir aonde mais gostam.

Essa fonte especificou que a Ministra da Saúde, María Renée Castro, estará presente no departamento de Chuquisaca, município de San Lucas; Educação, Edgar Pary, irá para Huanuni, Potosí.

O chefe da pasta de Defesa, Edmundo Novillo, participará de Incallajta, Cochabamba; o chefe de Hidrocarbonetos, Franklin Molina, estará em Samaipata, Santa Cruz, e outras autoridades viajarão para outros departamentos do Estado Plurinacional.

As atividades de celebração começaram no dia anterior às 06:00, horário boliviano, com uma oferenda à Mãe Terra na Praça San Francisco, em La Paz, liderada por Orellana.

Segundo o ministro da Cultura, Descolonização e Despatriarcalização, foi realizado naquele local porque a catedral que hoje existe foi construída pelos colonialistas europeus sobre as ruínas de uma waca ou local de culto religioso do povo aimara que habitava esta região.

Para os povos indígenas originários, celebrar o Ano Novo Andino, Amazônico e Chaqueño significa renovar seu compromisso com Pachamama e Tata Wilka, divindades às quais se oferece a sagrada coca, álcool para o ch`allá e outros elementos como símbolo de reverência e agradecimento.

O solstício de inverno, Wilka Kuti para a cultura Aymara, Inti Raymi para os Quechua e Estrela da Manhã para as terras baixas, é um momento importante que representa a reconfiguração das energias em todo o mundo.

Por proposta da Bolívia, em 2019 as Nações Unidas aprovaram a Resolução 73/300 que considera a celebração do solstício como um evento que constitui uma unidade patrimonial.

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