Nações Unidas, (Prensa Latina) A Bolívia constrói uma alternativa real e exitosa ao capitalismo, a qual aposta na soberania e devolve a esperança, afirmou nesta terça (25) na Assembléia Geral da ONU o presidente Evo Morales.
Ao fazer seu pronunciamento em uma sessão pelo décimo aniversário da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, o presidente afirmou que os progressos políticos, econômicos, sociais e culturais no país sul-americano demonstram que o rumo tomado é o correto.
De acordo com Morales, enquanto o capitalismo e as políticas imperialistas têm semeado no planeta guerras, destruição ambiental e pobreza, as transformações em marcha na Bolívia têm levado ao crescimento econômico e a uma maior igualdade.
‘Recuperamos a pátria (…) A Bolívia com orgulho, posso dizê-lo, é território livre de analfabetismo, da DEA, das bases militares norte-americanas, da USAID e das imposições do Fundo Monetário Internacional’, sublinhou.
O líder indígena afirmou que a alternativa consiste, em política, no estabelecimento de um Estado plurinacional; em economia, no controle dos recursos naturais e nas empresas estratégicas; no social, na distribuição da riqueza e, no cultural, na defesa da identidade e da soberania.
Morales assegurou que graças ao novo modelo afastado das visões capitalistas, o país passou de um dos mais atrasados no continente americano há 11 anos para um dos com melhores avanços econômicos.
Além disso, destacou a redução da pobreza e o empoderamento da população indígena, ao converter-se no primeiro Estado que fez uma lei nacional da Declaração, adotada há uma década na ONU para promover a autodeterminação e o respeito às comunidades aborígenes.
‘Libertamos-nos do imperialismo e do colonialismo. Passamos de um Estado colonial para um plurinacional, de um país submisso para um libertado, de um povo dividido pelo império a um povo unido frente ao império’, sentenciou.
Segundo Morales, o conseguido pela Bolívia nos últimos anos é um exemplo do que pode ser atingido em escala global.
Nesse sentido, propôs à comunidade internacional que deixe de lado as guerras, o uso da força, a corrida armamentista, a discriminação e os muros que dividem, para defender a complementariedade, o multilateralismo, a paz e a Mãe Terra.