La Paz (Prensa Latina) O presidente da Bolívia, Luis Arce, liderou hoje com seu Gabinete as comemorações do décimo segundo aniversário da fundação do Estado Plurinacional, fato que reconhece os direitos dos povos indígenas.
Ao intervir no evento, Arce lembrou que em 2006 com a chegada à presidência de Evo Morales, se organizou a Assembleia Constituinte que contribuiu para mudar o país com maior inclusão, soberania e respeito às 36 nações indígenas discriminadas durante o período colonial.
Lembrou que em novembro de 2019, após o golpe contra o líder aimará, houve um colapso constitucional e o regime governante de fato se caracterizou pela perseguição de dirigentes, dirigentes sociais, sindicais e políticos e por um processo de cassação de direitos.
‘O golpe de 2019 tentou extinguir a democracia intercultural porque desde as primeiras horas de governo procuraram resgatar o estado republicano com a eliminação dos símbolos do Estado Plurinacional como a nossa Wiphala (bandeira, um dos símbolos nacionais)’, enfatizou o presidente boliviano.
Por sua vez, a Ministra da Presidência, María Nela Prada, destacou que o Estado Plurinacional representa os interesses gerais do povo e instou a cuidar da democracia para evitar o retorno dos atos de violência, racismo e queima dos símbolos patrióticos do passado.
Os dirigentes Juan Carlos Huarachi, da Obrera Boliviana Central, e Segundina Flores, da Confederação de Mulheres Camponesas Indígenas Bartolina Sisa, lembraram que os recursos naturais pertencem ao povo desde 2006 e a redistribuição dos lucros permite o pagamento de títulos e implementar políticas sociais.
Como resultado da Assembleia Constituinte, em 22 de janeiro de 2009, a Bolívia aprovou uma nova Constituição Política do Estado para deixar de ser uma República e passar a ser um Estado Plurinacional.
Um ano depois, o Decreto Supremo 405 institucionalizou a celebração dessa data com feriado nacional.