Realizado no hotel Casa Grande, em La Paz, até esta quinta-feira, o encontro aborda questões técnicas e regulatórias com o objetivo de melhorar os serviços nesta área na América Latina e no Caribe.
Fontes da Autoridade de Regulação e Supervisão de Telecomunicações e Transportes (ATT) do país serrano disseram à Prensa Latina que a Bolívia foi escolhida por unanimidade para assumir esta liderança em 2024.
A este respeito, o diretor executivo do TCA, Néstor Ríos, disse a esta agência de notícias que constitui um desafio ser esta a primeira vez que a Bolívia ocupa esta presidência.
“Cabe-nos assumir as linhas da colaboração regional, articular e enfrentar os desafios ao nível de todo o continente”, comentou.
“É essencial”, acrescentou o especialista, “gerar alianças estratégicas, proporcionar acesso privilegiado ao conhecimento, promover a formação e as melhores práticas a nível regional para fortalecer a regulação e, portanto, fortalecer a qualidade dos serviços”.
Ríos destacou que em escala internacional, também nestas circunstâncias, a Bolívia adquire maior visibilidade, podendo até incentivar o fluxo de investimentos.
“Existem desafios importantes na região, precisamos de promover o desenvolvimento de infra-estruturas de telecomunicações, como base para o desenvolvimento das tecnologias de informação. da transformação digital dos países”, expressou.
Considerou “muito importante” trabalhar a alfabetização digital, para gerar capacidades para reduzir a lacuna neste campo, que afeta a América Latina.
Neste sentido, apelou à promoção de estratégias de formação de capital humano com sistemas saudáveis, a inovação necessária para gerar um resultado integral em todas as áreas da sociedade.
“Refiro-me a áreas como a saúde, a educação, a economia e todas aquelas áreas em que estas tecnologias são fundamentais”, disse.
O diretor executivo sublinhou que o contexto atual é caracterizado por uma mudança global para uma abordagem multipolar, em que os diferentes pólos de poder definem posições estratégicas em termos da sua preponderância a nível global.
“Isto deve chamar a nossa atenção porque a América Latina também precisa de se posicionar, nomeadamente nas telecomunicações, aspecto fundamental e transversal para poder encontrar janelas de oportunidades com vista ao seu desenvolvimento”, insistiu.
Com base nestes preceitos, considerou importante assumir a presidência do Regulatel com uma visão de integração e com o propósito de gerar prosperidade para as pessoas desta zona do mundo.
Mencionou que é muito importante incorporar modelos de controle e políticas regulatórias que permitam a cada nação ter segurança da informação e independência económica deste ponto de vista.
“Estamos a falar de tecnologias emergentes como a inteligência artificial, que é a quinta revolução industrial, onde cada país tem de definir políticas-chave para gerar a economia necessária ao bem-estar de cada povo”, descreveu.
“Acreditamos que devemos fortalecer os laços regionais para enfrentar os desafios estratégicos com o intercâmbio de experiências e melhores práticas e o estímulo ao desenvolvimento das telecomunicações”, concluiu Ríos.