Nações Unidas, (Prensa Latina) O bloqueio estadunidense contra Cuba obstaculiza hoje o pagamento das contribuições financeiras da ilha na ONU e impede-lhe cumprir oportunamente seus compromissos monetários com diferentes organismos internacionais.
Desde o 2015, o banco suíço UBS recusa todos os depósitos realizados por instituições cubanas para os pagamentos correspondentes a sua contribuição no Fundo do Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (Pnuma) e na rede de Formação Ambiental do Pnuma para América Latina e o Caribe, explicou a embaixadora.
Sucede o mesmo quando o país caribenho tenta abonar seus pagamentos ao Protocolo de Segurança na Biotecnología da Convenção de Diversidade Biológica, bem como às Convenções de Basilea, Rotterdam e Estocolmo, acrescentou.
Devido a isso -afundou- desde o 2016 Cuba não tem podido ser eleita para projetos e ações de cooperação técnica sob essas convenções vinculadas ao gerenciamento seguro de produtos químicos e desfeitos perigosos.
Assim mesmo, agregou Rodríguez, a Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba vê-se obstaculizada de realizar sua contribuição anual à União Inter-Parlamentar, com sede em Genebra, Suíça, dada a negativa do banco UBS a aceitar a transferência.
De abril de 2016 a março de 2017, em mais de 100 entidades financeiras do mundo registraram-se afetações à ilha como resultado do aplicativo do bloqueio: por exemplo, o fechamento de contas, a retenção de fundos, a devolução e cancelamento de operações bancárias, entre outras.
Nesse período, aumentaram em 40 os bancos que cederam ante a política de hostilidades imposta por Washington, que atenta contra o normal funcionamento e operatividade das instituições cubanas, assinalou a embaixadora.
‘Também são reiteradas as retenções e negativas de pagamentos pelos serviços que nossos colaboradores de saúde prestam em diferentes latitudes do mundo, por parte de bancos intermediários em terceiros países que temem às regulações do bloqueio e, por tanto, a ser sancionados com grandes multas pelos Estados Unidos.’
O bloqueio definitivamente não é um problema bilateral, é uma política que tem um marcado caráter extraterritorial e cujos envolvimentos afetam a todos, incluído o próprio povo estadunidense, recalcó Rodríguez.
Existe informação documentada e numerosos exemplos da perseguição que, sobre as transações financeiras internacionais de Cuba, faz o Escritório para o Controle dos Ativos Estrangeiros (OFAC por suas siglas em inglês) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, detalhou a diplomata cubana.
A cada ano, o secretário geral das Nações Unidas emite um relatório sobre o aplicativo da resolução ‘Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba’ a qual inclui alguns destes exemplos.
Em 2017, contribuíram dados para esse relatório 162 Estados membros, entre eles Cuba, e 33 organismos internacionais ou agências especializadas, fundos e programas do sistema da ONU.