As autoridades egípcias anunciaram que não há indícios de que o avião russo que caiu na manhã deste sábado (31) na península do Sinai tenha sido abatido. Foto:TASS
ALEKSÊI TIMOFEITCHEV, GAZETA RUSSA
Não há indícios de que aeronave comercial tenha sido abatida.
A aeronave Airbus-321, da companhia Kogalimavia partiu de Sharm el-Sheikh às 6:51 (horário de Moscou) com destino a São Petersburgo.
A aeronave Airbus-321, da companhia Kogalimavia, levava mais de 200 passageiros e partiu de Sharm el-Sheikh às 6:51 (horário de Moscou) com destino a São Petersburgo. O avião desapareceu do radar apenas 23 minutos após a decolagem.
Os destroços do Airbus, que levava 217 passageiros e sete tripulantes, todos cidadãos russos, já foram encontrados.
Equipes de resgate ainda trabalham no local.
De acordo com a perícia egípcia, o motivo mais provável do acidente teriam sido falhas técnicas no equipamento.
De acordo com a agência Tass, fontes no Egito teriam informado que o comandante pediu autorização para fazer um pouso de emergência no aeroporto do Cairo via rádio.
Após a decolagem, ele teria informado a torre de controle do aeroporto de Sharm el-Sheikh sobre de alguns problemas técnicos. Além disso, a tripulação já teria reclamado de falhas no motor durante a semana.
Sobreviventes
Um membro das equipes de busca e resgate egípcias chegou a declarar à imprensa que era possível ouvir vozes sob os destroços.
Segundo ele, “uma parte do avião ainda tem passageiros no interior” e as equipes de resgate tentam alcançá-la.
Corpos de passageiros, entre eles, pelo menos cinco crianças, também já foram retirados do local. O airbus levava 17 crianças.
O presidente russo Vladímir Pútin expressou condolências às famílias das vítimas e deu instruções para que o Ministério russo para Situações de Emergência envie seus peritos ao local do acidente.
O primeiro-ministro Dmítri Medvedev deverá reunir uma comissão estatal para examinar o desastre.
Terrorismo?
A península do Sinal abriga grupos extremistas como o Wilayat Sinai, que em 2014 se associou ao EI (Estado Islâmico). O local é palco de confrontos constantes entre as forças de segurança egípcias e os extremistas.
A companhia Kogalimavia foi criada em 1993. Segundo a imprensa russa, a empresa já havia registrado outros acidentes. O mais grave ocorreu em 1 de janeiro de 2011, quando um Tupolev Tu-154 pegou fogo no aeroporto de Surgut, ainda antes de decolar, com três mortes.
http://gazetarussa.com.br/sociedade/2015/10/31/aviao_535901