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sexta-feira, 4 outubro, 2024

ATENTADO A KIRCHNER SILENCIA BOLSONARO E FORTALECE ALEXANDRE DE MORAES

CÉSAR FONSECA

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Indiscutivelmente, o ministro presidente do TSE Alexandre de Moraes sai fortalecido com suas medidas de prevenção contra políticas de ódio nazifascista em face do atentado contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner; por um milagre, a arma que o atirador acionou contra cabeça dela não disparou, o que poderia levar a Argentina a uma guerra civil, dada polarização política que avança no país, conflagrado por hiperinflação e, agora, por emoção política exacerbada; o titular do TSE brasileiro suscita comentários em face da sua ação na condução das eleições brasileiras, cheias de presságios contra o processo democrático; ele tem sido asperamente criticado pelos bolsonaristas por estar cumprindo fielmente e com rigor a lei que proíbe disseminação de fakenews e estímulos de ódio nazifascista, no Brasil, a exemplo do que aconteceu com o assassinato em Foz de Iguaçu de um apoiador de Lula por um bolsonarista revoltado e intolerante contra o adversário político; o que acaba de acontecer em Buenos Aires, com repercussão mundial, fortalece a ação do ministro do TSE brasileiro, que levanta a ira dos que discordam das suas posições contra a intolerância política; esta tem sido responsável e crescente, no período bolsonarista, a partir da vitória eleitoral de 2018, graças a uma legislação que avançou na condescendência aos intolerantes e ao estímulo à violência e ao obscurantismo medieval; a permissão para agentes de segurança matar em nome da defesa pessoal simplesmente por se sentirem ameaçados por eventuais criminosos disseminou e aumentou número de vítimas em todo o país; uma simples inspeção em veículos particulares nas estradas brasileiras por integrantes da polícia rodoviária federal resultou em bárbaro assassinado de vítima indefesa que se mostrou disposta , sem manifestar reação contrária, a obedecer às averiguações dos policiais, que passarram dos limites, matando inocentes, como aconteceu, em Sergipe, e em outros estados, com graus variados de intensidade.
ESTÍMULO À VIOLÊNCIA
Da parte do presidente da República, considerado genocida pelo seu comportamento durante a pandemia do coronavírus e promotor dessa reação policial destemperada, em todo o país, não se tem ouvido e visto recomendações de cautela e bom senso; ao contrário, suas ponderações invariavelmente agressivas estimulam o avanço do comportamento da violência; paralelamente, a legislação bolsonarista-fascista estimula o armamentismo em todo o território nacional, o que favorece, obviamente, os que dispõem de recursos financeiros para se armarem; as expectativas de eventos os quais campeariam atos intolerantes e violentos, como na comemoração do dia 7 de Setembro, quando se comemorará bicentenário da Independência, a expectativa, alimentada pelo próprio presidente, é de possível rebelião e intolerância da parte dos que estão se armando, impunemente; a colocação do titular do poder contrária a urna eletrônica, contra a qual se arma a seu bel prazer, demonstra a predisposição para empastelar processo democrático; causou indignação entre os aliados do presidente fascista decreto baixado pelo ministro Alexandre de Moraes que proíbe porte de arma no dia da eleição; tal insatisfação está sendo reverberada a partir do Palácio do Planalto, em confronto direto com a ação dissuassória de possível atos de violência que a determinação de Moraes deverá produzir; é, portanto, nesse sentido, que a política de prevenção antifascista tocada por sua excelência, a partir do TSE, que levanta carga de ódio por parte dos bolsonaristas, contribui para arrefecer e evitar, na medida do possível, o que acaba de acontecer na Argentina, com ampla repercussão internacional; causa, dessa forma, estranheza o fato de que passadas quase 24 horas do atentado contra a vice-presidente argentina, o titular do Planalto, ainda, não emitiu comunicado a respeito de tal fato, que motiva manifestações da maioria de líderes internacionais em várias continentes; por que esse silêncio de Bolsonaro? Seu silêncio seria ou não conivência?

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