CÉSAR FONSECA
Indiscutivelmente, o ministro presidente do TSE Alexandre de Moraes sai fortalecido com suas medidas de prevenção contra políticas de ódio nazifascista em face do atentado contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner; por um milagre, a arma que o atirador acionou contra cabeça dela não disparou, o que poderia levar a Argentina a uma guerra civil, dada polarização política que avança no país, conflagrado por hiperinflação e, agora, por emoção política exacerbada; o titular do TSE brasileiro suscita comentários em face da sua ação na condução das eleições brasileiras, cheias de presságios contra o processo democrático; ele tem sido asperamente criticado pelos bolsonaristas por estar cumprindo fielmente e com rigor a lei que proíbe disseminação de fakenews e estímulos de ódio nazifascista, no Brasil, a exemplo do que aconteceu com o assassinato em Foz de Iguaçu de um apoiador de Lula por um bolsonarista revoltado e intolerante contra o adversário político; o que acaba de acontecer em Buenos Aires, com repercussão mundial, fortalece a ação do ministro do TSE brasileiro, que levanta a ira dos que discordam das suas posições contra a intolerância política; esta tem sido responsável e crescente, no período bolsonarista, a partir da vitória eleitoral de 2018, graças a uma legislação que avançou na condescendência aos intolerantes e ao estímulo à violência e ao obscurantismo medieval; a permissão para agentes de segurança matar em nome da defesa pessoal simplesmente por se sentirem ameaçados por eventuais criminosos disseminou e aumentou número de vítimas em todo o país; uma simples inspeção em veículos particulares nas estradas brasileiras por integrantes da polícia rodoviária federal resultou em bárbaro assassinado de vítima indefesa que se mostrou disposta , sem manifestar reação contrária, a obedecer às averiguações dos policiais, que passarram dos limites, matando inocentes, como aconteceu, em Sergipe, e em outros estados, com graus variados de intensidade.
ESTÍMULO À VIOLÊNCIA