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quinta-feira, 3 outubro, 2024

Armas nucleares: Irã e Coreia do Norte são pauta de encontro entre Macron e diretor da AIEA

EUROPA

O presidente da França, Emmanuel Macron, discutiu o trabalho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) com o seu diretor-geral, Rafael Grossi, tratando das situações no Irã e do programa nuclear da Coreia do Norte, informou o Palácio do Eliseu em comunicado.

“O presidente da República [francesa] recebeu hoje o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, recentemente eleito por ocasião de sua primeira visita a Paris. A reunião, em particular, discutiu o trabalho de verificação da AIEA no Irã”, informou o Palácio do Eliseu.

“O presidente da República instou o Irã a cumprir estritamente suas obrigações e deveres no âmbito da verificação e pediu a Teerã que coopere imediata e totalmente com a agência”, afirmou o documento.

Macron também lembrou o objetivo do desmantelamento completo do programa nuclear da Coreia do Norte e o papel da AIEA na questão.

Em 2015, o Irã e seis mediadores internacionais – China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e EUA – chegaram a um acordo histórico, apelidado de Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA) e conhecido como acordo nuclear no Irã, destinado a em impedir Teerã de adquirir armas nucleares.

Presidente francês, Emmanuel Macron, fala durante debate na Conferência de Segurança de Munique, em 15 de fevereiro de 2020
© REUTERS / ANDREAS GEBERT
Presidente francês, Emmanuel Macron, fala durante debate na Conferência de Segurança de Munique, em 15 de fevereiro de 2020

O acordo previa o levantamento de sanções em troca da limitação do programa nuclear do Irã. O acordo em sua forma original não sobreviveu nem três anos: em maio de 2018, os Estados Unidos anunciaram uma retirada unilateral e a restauração de severas sanções contra Teerã.

Em 14 de janeiro de 2020, a Alemanha, a França e o Reino Unido acionaram formalmente um mecanismo de resolução de disputas para o acordo nuclear devido à recusa de Teerã em cumprir algumas obrigações nos termos do documento.

Os europeus discutem a medida há algum tempo, mas decidiram dar o passo apenas depois que o Irã, como parte de uma redução gradual de suas obrigações sob o acordo que os EUA haviam retirado anteriormente, anunciou que não haveria restrições no número de centrífugas.

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