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EUROPA
O presidente da França, Emmanuel Macron, discutiu o trabalho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) com o seu diretor-geral, Rafael Grossi, tratando das situações no Irã e do programa nuclear da Coreia do Norte, informou o Palácio do Eliseu em comunicado.
“O presidente da República [francesa] recebeu hoje o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, recentemente eleito por ocasião de sua primeira visita a Paris. A reunião, em particular, discutiu o trabalho de verificação da AIEA no Irã”, informou o Palácio do Eliseu.
“O presidente da República instou o Irã a cumprir estritamente suas obrigações e deveres no âmbito da verificação e pediu a Teerã que coopere imediata e totalmente com a agência”, afirmou o documento.
Macron também lembrou o objetivo do desmantelamento completo do programa nuclear da Coreia do Norte e o papel da AIEA na questão.
Em 2015, o Irã e seis mediadores internacionais – China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e EUA – chegaram a um acordo histórico, apelidado de Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA) e conhecido como acordo nuclear no Irã, destinado a em impedir Teerã de adquirir armas nucleares.
![Presidente francês, Emmanuel Macron, fala durante debate na Conferência de Segurança de Munique, em 15 de fevereiro de 2020 Presidente francês, Emmanuel Macron, fala durante debate na Conferência de Segurança de Munique, em 15 de fevereiro de 2020](https://cdnbr3.img.sputniknews.com/img/1522/46/15224658_13:15:3099:2048_3086x2033_80_0_0_bcd911a5a50a9b616eb4f078d03f2b36.jpg.webp)
O acordo previa o levantamento de sanções em troca da limitação do programa nuclear do Irã. O acordo em sua forma original não sobreviveu nem três anos: em maio de 2018, os Estados Unidos anunciaram uma retirada unilateral e a restauração de severas sanções contra Teerã.
Em 14 de janeiro de 2020, a Alemanha, a França e o Reino Unido acionaram formalmente um mecanismo de resolução de disputas para o acordo nuclear devido à recusa de Teerã em cumprir algumas obrigações nos termos do documento.
Os europeus discutem a medida há algum tempo, mas decidiram dar o passo apenas depois que o Irã, como parte de uma redução gradual de suas obrigações sob o acordo que os EUA haviam retirado anteriormente, anunciou que não haveria restrições no número de centrífugas.