Buenos Aires (Prensa Latina) Cerca de 400 trabalhadores argentinos da central de impressão de Artes Gráficas Rioplatenses (AGR) do Grupo Clarín continuam em protesto após serem demitidos e exigem falar com o ministro de Trabalho, Jorge Triaca, para tentar resolver a disputa.
Ontem, centenas de membros de organizações sociais, partidos políticos e sindicatos saíram às ruas em uma manifestação desde o Obelisco até a sede do ministério para apoiar os agora desempregados.
Ali, uma parte do grupo foi recebida pelo secretário de Trabalho, Ezequiel Sabor, e pediram a reabertura da oficina, o pagamento da quinzena trabalhada e a ordem de uma conciliação obrigatória, informou o portal Infonews.
Mas as conversas se travaram e não houve uma resposta positiva. Os trabalhadores decidiram seguir com a medida de força e, como vieram fazendo, continuarão com a ocupação pacífica da empresa, no bairro de Pompeya, enquanto convocaram um festival no sábado.
‘Unidade de todos os trabalhadores’, ‘vai acabar, vai morrer a ditadura do Clarín’, gritava um grupo de manifestantes que encabeçaram a marcha contra as demissões nessa empresa ontem.
A situação tem sido muito tensa e inclusive na última terça-feira os funcionários foram duramente reprimidos pela força policial com gases, balas de borrachas e jatos de água enquanto tentavam entrar no local.
Ontem, também foi realizada uma paralisação total dos trabalhadores desse setor em todo o país, convocado pela Federação Gráfica Bonaerense.
Os operários demitidos mantêm-se em pé de luta e esperam uma resposta à decisão tomada pela empresa que emitiu em um comunicado que as demissões em sua instalação gráfica se devem à ‘forte reconfiguração que atravessa o setor da impressão comercial’.
No entanto, os trabalhadores afirmam que o fechamento é ‘trucho’ (falso) e a companhia leva adiante uma chantagem para impor condições de flexibilização trabalhista.