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quinta-feira, 5 dezembro, 2024

Argentina pagará as importações do Brasil em yuan chinês

HispanTV – Argentina e Brasil administrarão os detalhes de um acordo que facilita o pagamento das impotações com o yuan do swap aberto com a China.

Para isso, o ministro da Economia argentino, Sergio Massa, partiu domingo à frente de uma delegação ao Brasil para se reunir na segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo Fernando Haddad.

Massa já havia avançado a possibilidade de fechar um acordo com o Brasil nesse sentido durante coletiva de imprensa realizada em Washington na última quarta-feira.

“ Iremos ao Brasil para facilitar ainda mais o procedimento de utilização das reservas, num momento em que temos que cuidar delas ”, disse Massa, candidato à presidência, na ocasião.

Através do mesmo acordo de swap com a China, a Argentina conseguiu manter o fluxo comercial com o país asiático, algo que o Brasil buscava, cujas principais exportações industriais vão para o mercado argentino.

Vantagens das importações com yuan

Esse mecanismo, por um lado, mantém o ritmo de entrada de insumos brasileiros essenciais para a indústria argentina e, por outro, a otimização dos recursos em dólares disponíveis no Banco Central da Argentina, país que este ano o colocou à beira da recessão a inflação persistente, o mercado negro de moedas e a forte dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A nova forma de pagamento foi proposta, a princípio, pelo governo Lula para evitar a grave escassez de caixa na Argentina e manter o fluxo comercial, garantindo que os exportadores brasileiros recebam seus pagamentos, segundo o ministro da Fazenda brasileiro.

Haddad anunciou que o mecanismo de importação permitiria a conversão de yuans em reais, a moeda brasileira, por até 140 milhões de dólares.

“Os exportadores brasileiros podem ter algum fluxo de vendas de seus produtos com 100% de garantia. Para o Brasil não há problema, porque o câmbio será feito do yuan para o real e isso também garante ao Tesouro Nacional que não há risco de inadimplência”, disse Haddad durante conferência que proferiu em Joanesburgo, na África do Sul, no último semana fora da cúpula dos países que compõem o BRICS.

Tudo sobre a expansão histórica do BRICS |  PoliMídia |  HispanTV

Tudo sobre a expansão histórica do BRICS | PoliMídia | HispanTV

O bloco de países com economias emergentes, conhecido como BRICS, abre os braços para seis novos membros e garante que se expandirá cada vez mais no mundo até derrubar o unilateralismo e o domínio do dólar.

O acordo bilateral entre as nações vizinhas será formalizado no marco da nova incorporação da Argentina ao grupo de economias emergentes BRICS , formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

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