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segunda-feira, 18 março, 2024

Argentina: após derrota eleitoral, ministros ligados a Cristina Kirchner colocam cargos à disposição

AMÉRICAS

Sputnik – A decisão ocorre três dias após o fiasco eleitoral sofrido pelo governo nas eleições primárias. Até o momento, a Casa Rosada não confirmou a saída dos ministros e nem se pronunciou publicamente sobre o assunto.

O ministro do Interior da Argentina, Eduardo de Pedro, ofereceu nesta quarta-feira (15) sua renúncia ao presidente, Alberto Fernández, após a derrota eleitoral do governo nas eleições primárias legislativas do último domingo (12).

​Carta de [Eduardo] “Wado” de Pedro, colocando a sua renúncia do Ministério do Interior à disposição.

“Sinto-me motivado a colocar à sua disposição a minha renúncia ao cargo de Ministro do Interior da Nação com o qual me sinto honrado desde 10 de dezembro de 2019”, lê-se na carta enviada ao presidente Fernández.

Eduardo de Pedro, 44 anos, é filho de desaparecidos durante a última ditadura cívico-militar na Argentina (1976-1983).

Presidente da Argentina Alberto Fernández e sua vice-presidente Cristina Kirchner
© AP PHOTO / MARCOS BRINDICCI
Presidente da Argentina Alberto Fernández e sua vice-presidente Cristina Kirchner

Pressão para reformar governo

Ministros ligados à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, devem seguir o exemplo de Pedro. Entre os que indicaram que pretendem renunciar estão os ministros da Justiça, Martín Soria, da Habitação, Jorge Ferraresi, e da Ciência e Tecnologia, Roberto Salvarezza.

“Sim, ele disponibilizou sua renúncia”, confirmou à Sputnik fontes no Ministério da Ciência e Tecnologia.

A diretora-executiva da Administração Nacional da Previdência Social (ANSES), Fernanda Raverta, e a diretora-executiva do Programa Estadual de Atenção Integral à Saúde dos Aposentados e Pensionistas (PAMI), Luana Volnovich, também pediram demissão. Na província de Buenos Aires, todo o gabinete de ministros entregou sua renúncia ao governador Axel Kicillof, vinculado ao governo de Alberto Fernández.

A decisão ocorre três dias após o fiasco eleitoral sofrido pelo partido no poder nas eleições primárias, quando perdeu em 18 dos 24 distritos do país.

Todas essas autoridades são próximas da vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner. Até o momento, a Casa Rosada não confirmou a saída dos ministros e nem se pronunciou publicamente sobre o assunto.

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