Buenos Aires, (Prensa Latina) Diante do impacto de uma segunda onda pandêmica que bate forte, o governo argentino analisa hoje a implementação de medidas severas que incluiriam mais restrições à circulação para conter a situação de saúde.
Hoje a previsão é que pela manhã a Ministra da Saúde, Carla Vizzotti, dê uma coletiva de imprensa para dar detalhes da reunião urgente que várias autoridades mantiveram com o presidente Alberto Fernández de forma virtual, isolado após teste positivo para o vírus mais de uma semana atrás.
Segundo consta, entre as possíveis restrições fala-se de um toque de recolher ainda mais severo do que o que já se aplica, que inclui das doze da noite às seis da manhã, ou o fechamento quase total de várias áreas.
Os 27 mil e um casos registrados nas últimas 24 horas agravaram ainda mais a difícil situação do país, que em apenas uma semana acumulou quase 200 mil infecções, especialmente na Área Metropolitana de Buenos Aires, a mais atingida.
A situação é ainda pior do que nestes 13 meses de pandemia porque até agora o sistema de saúde nunca entrou em colapso devido ao investimento do governo e ao arranque de vários centros de saúde.
Enquanto os médicos, muito exaustos, alertam para a fragilidade do sistema de saúde, tanto público quanto privado, o executivo espera medidas maiores para poder enfrentar este momento difícil.
Em reunião recente, a Comissão de Epidemiologistas que assessora o presidente destacou que a chamada segunda onda não é mais igual porque o cenário é diferente das novas variantes do vírus que assolam outros países.
Por enquanto, as medidas já anunciadas foram somadas a outras nas últimas horas para as unidades de transporte de passageiros da Área Metropolitana de Buenos Aires, como a garantia da ventilação dos ônibus, destinados apenas ao pessoal considerado essencial para o seu trabalho.
Com as diversas variantes do SARS-CoV-2 circulando nesta capital e em outras províncias, o país espera novos anúncios que são quase previsíveis.